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ECONOMIA

Azeite de oliva está quase 50% mais caro do que no ano passado e não deve baratear

Por Da redação G1.com.br
Publicado em 12-06-2024 às 09:59hrs
Altas temperaturas e seca na Europa, onde estão os maiores produtores de oliveiras, fazem árvores produzir menos azeitonas, que são matéria-prima do produto.

O calor e a seca que atingem a Europa continuam afetando o preço do azeite no Brasil, que encareceu quase 50% nos últimos 12 meses até maio, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os principais países que cultivam azeitonas, matéria-prima para o azeite, estão na Europa. O ranking é liderado pela Espanha, responsável por 42% da produção mundial, seguida pela Itália (9,7%) e Grécia (8,2%), aponta o Conselho Oleícola Internacional (COI). Além disso, o azeite é fundamental para a economia de Portugal.

No caso da Espanha, já é a 4° quebra de safra consecutiva das oliveiras.

O Brasil importa a maior parte do azeite que consome. O principal fornecedor é Portugal, que envia 53% de gorduras e óleos vegetas ao Brasil, aponta o Comex Stat, sistema do governo para extração das estatísticas do comércio exterior brasileiro. O levantamento não separa o azeite dos demais óleos.

O segundo maior fornecedor para o Brasil é a Espanha (15%), seguida do Paraguai (9,7%), da Argentina (7,1%), da Itália (5,3%) e do Chile (5%).

Entre 2022 e 2023, a produção de azeite caiu 20% na Europa. Mas o continente não é o único que vem tendo dificuldade, a fabricação mundial caiu em torno de 8% entre 2021 e 2022, aponta dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq - USP).

Com este cenário, o Brasil diminuiu as importações, que já caíram 32% entre outubro de 2023 e março de 2024, segundo o COI.

 

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