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POLITICA

Botelho: “Não tem sentido mandar PM indenizar família de bandido morto durante assalto”

Por Da redação UnicaNews.com.br
Publicado em 11-07-2024 às 06:34hrs
Presidente da AL criticou decisão do MP que levará tenente coronel a júri popular por atirar e matar assaltante que invadiu sua casa.

Em conversa com jornalistas, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT) deputado Eduardo Botelho (UB) criticou a atitude do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que denunciou o tenente coronel PM Otoniel Gonçalves Pinto pela morte do bandido Luanderson Patrick Vitor de Luna (20), bem como a acolhida da Justiça Estadual à decisão, que levará o policial ao banco dos réus.

O criminoso foi morto a tiros durante um assalto à casa do militar, no bairro Santa Marta em Cuiabá, em novembro do ano passado. Na denúncia, o MP ainda pediu que o policial militar indenize a família do criminoso.

Questionado sobre a polêmica envolvendo a ação do oficial militar, Botelho classificou como descabida a denúncia do MP e a acolhida pela Justiça Estadual, dizendo ainda concordar com seu colega de União Brasil, o deputado federal Coronel Assis, que criticou na tribuna da Câmara Federal a denúncia contra seu “irmão de farda", apenas por ter defendido sua família.

“Nesse aspecto, eu estou pensando igual o [deputado] Coronel Assis. Não tem sentido! Já está provado que [Luanderson] era um bandido, era um ladrão e eu concordo com tudo que o coronel falou”, garantiu.

Além disso, Botelho garantiu que deve pedir a Comissão de Segurança da Casa de Leis que emita um posicionamento sobre a decisão e acompanhe de perto o caso.

“O que eu posso fazer é uma provocação a eles [da Comissão de Segurança] para que eles possam discutir esse assunto, inclusive emitindo uma opinião da comissão, para se fazer algo”, pontuou.

INDIGNAÇÃO

Em seu discurso na Câmara dos Deputados, o deputado federal Coronel Assis demonstrou total indignação ao que chamou de “inversão de valores”.

“Um absurdo, uma total inversão de valores. Indenização ao criminoso que morreu? Meu Deus, onde é que nós vamos chegar? Nós respeitamos muito o trabalho do Ministério Público e reconhecemos o seu valor dentro do estado democrático de direito, como fiscal da lei e responsável pela ação penal. Porém, isso nós não iremos admitir, não iremos aceitar”, disse Assis em sua fala na Tribuna da Casa.

Assis ainda criticou a mensagem que o Ministério Público passa a sociedade com a denúncia, de que criminosos estariam “confortados” em saber que, em caso de morte, seus familiares seriam indenizados.

“O PM estava em sua casa, com sua família, com sua esposa e seu sogro, que foi agredido violentamente e no momento de uma janela de oportunidade ele conseguiu promover uma reação e neutralizar um dos dois criminosos que estavam lá”, asseverou Assis.

“Ninguém se furtou em ser investigado ou responder pela ação, porque foi feito o inquérito policial. Parabéns ao tenente-coronel Otoniel. Ele merece, não ser denunciado, merece sim uma medalha por defender o povo cuiabano, o povo mato-grossense, o povo do Brasil e defender a sua família”, concluiu.

O ASSALTO

O crime aconteceu por volta das 7h da manhã de 28 de novembro de 2023. Luanderson e um comparsa renderam Otoniel no momento em que o militar chegava em sua residência, no bairro Santa Marta, após deixar os filhos na escola.

Durante a tentativa de assalto, familiares do policial viveram 40 minutos de terror na mão da dupla, até que o oficial reagiu e matou um dos bandidos.

Na ação, o criminoso pegou diversos pertences de valor das vítimas e em seguida deixou a esposa do policial e o pai dela trancados em um dos cômodos da casa.

Ao final da ação, o oficial da PM ainda foi obrigado a abrir o portão da residência para o assaltante sair. Contudo, enquanto o criminoso deixava a residência, Otoniel retornou ao interior do imóvel, pegou sua arma de fogo funcional, que estava em cima da geladeira, e foi até a calçada da casa com o intuito de abordar os assaltantes.

Neste instante, o comparsa - ainda não identificado - entrou em um Chevrolet Classic, que era dirigido por Luanderson, que foi atingido por um dos disparos efetuados por Otoniel Gonçalves e morreu no local. Na ação, o comparsa do criminoso conseguiu fugir e até hoje não foi preso.

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