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Cidade de Cuiabá registra 42,4°C na sombra e bate recorde de calor no ano

Por Kessillen Lopes
Publicado em 21-09-2021 às 13:17hrs
Umidade registrada nesta segunda-feira é de 16%. A amplitude térmica foi de 18,4°C.
Cidade de Cuiabá registra 42,4°C na sombra e bate recorde de calor no ano

Cuiabá bateu recorde de calor nesta segunda-feira — Foto: Fablicio Rodrigues

Cuiabá registrou 42,4°C na tarde desta segunda-feira (20) e bateu o recorde de calor no ano, conforme o monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A temperatura foi medida na sombra, segundo a equipe técnica.

A amplitude térmica – diferença entre a temperatura mínima e máxima – registrada nesta segunda-feira foi de 18,4°C. Às 3h, os termômetros da capital marcavam 24°C. Já às 14h a temperatura subiu para 42,4°C.

A variação grande de temperatura ao longo do dia é típica nesta época do ano, principalmente no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.

De acordo com o Instituto, além das altas temperaturas, a umidade do ar em Cuiabá está em 16%. A a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o ideal é que a umidade fique entre 60% e 80% para evitar problemas de saúde.

Conforme dados do Inmet, a previsão durante toda a semana é de mínima de 26°C e máxima de 41°C. A chance de chuva é de 5%.

 

O último recorde de calor registrado na capital em 2021 havia sido no dia 24 de agosto, quando os termômetros marcaram 41°C.

 

Massa de ar seco: bloqueio atmosférico

 

As pancadas de chuva, que costumam ficar mais presentes a partir deste mês, devem ocorrer de forma pontual na primeira metade de outubro. Isso acontece porque grandes massas de ar seco seguem pelo centro do país.

São os chamados bloqueios atmosféricos, que atuam como uma barreira impedindo o avanço de frentes frias ou outro sistema que consiga levar chuva para a região, como os "rios voadores", que carregam a umidade da região amazônica para o Centro-Oeste e Sudeste.

Este ano o bloqueio está ainda mais forte porque a temperatura na superfície do mar está mais alta que o normal, fazendo com que as frentes frias desviem para o alto mar.

Os efeitos deste sistema são sentidos especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e no Sul do país.

Outro fator que contribui para as altas temperaturas é a corrente de ar conhecida como jato polar, que não passou tanto pelo Brasil durante o inverno e começa a passar cada vez mais ao sul, na região da Argentina e do Polo Sul.

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