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ECONOMIA

Com recorde no agro, PIB do Brasil cresce 2,9% em 2023

Por Secom Gov.BR
Publicado em 02-03-2024 às 08:54hrs
Setor de serviços e indústria também tiveram crescimento. Melhora do mercado de trabalho e retomada de programas sociais são apontados como fatores importantes

Com uma mistura de alta inédita na agropecuária, crescimento no setor de serviços e avanços na indústria, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos pela economia nacional, fechou o ano de 2023 com uma alta de 2,9%, um total de R$ 10,9 trilhões.

Vocês se lembram de que a previsão de alguns era 0,9%? Crescemos bem mais do que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos”

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

O resultado foi informado na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade agropecuária foi o grande destaque. Cresceu 15,1% de 2022 para 2023. Outros avanços importantes foram no setor de serviços (2,4%) e na indústria (1,6%). Já o PIB per capita, ou seja, a distribuição do valor total dividido pelo número de habitantes do país, alcançou R$ 50.194, um avanço de 2,2% em relação a 2022.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou em seu perfil na rede social X (antigo Twitter) que o número divulgado nesta sexta é bem maior do que o originalmente previsto pelo mercado e por especialistas no início de 2023, quando assumiu o terceiro mandato. "Vocês se lembram de que a previsão de alguns era 0,9%? Crescemos bem mais do que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos". 

CONSUMO DAS FAMÍLIAS - Um dos destaques apontados pelo IBGE no PIB foi o Consumo das Famílias, que avançou 3,1% em relação a 2022. Coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis explicou que o resultado tem influência da melhora das condições do mercado de trabalho, com aumento da ocupação, da massa salarial real, além do arrefecimento da inflação. “Os programas de transferência de renda do governo colaboraram de maneira importante no crescimento do consumo das famílias, especialmente em alimentação e produtos essenciais não duráveis”, completa Rebeca.

Na quinta-feira, o IBGE havia divulgado que o Brasil registrou a menor taxa de desemprego desde 2015 no trimestre encerrado em janeiro de 2024. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o país registrou 7,6% de desocupação. O número mostra estabilidade em relação ao trimestre anterior (agosto a outubro de 2023) e simboliza a menor taxa para o trimestre estudado desde os 6,9% registrados entre novembro de 2015 e janeiro de 2016. A população ocupada do país chegou a 100,6 milhões de trabalhadores, com altas de 0,4% (mais 387 mil pessoas) frente ao último trimestre comparável e de 2% (mais 1,957 milhão de pessoas) no ano.

O ministro Camilo Santana (Educação) também comentou o resultado econômico. Para ele, além de o percentual de crescimento ter sido acima de projeções, o importante é que ele sinaliza a trilha estabelecida pelo Governo Federal de melhorar a vida das pessoas com trabalho digno, bons salários e mais oportunidades. "A educação é um dos caminhos. Estamos trabalhando para que nosso povo possa lutar por uma vida melhor, com mais creches e escolas, alfabetização das crianças, escolas em tempo integral e poupança para que os estudantes mais pobres tenham a chance de concluir o ensino médio. Esse é o Brasil que queremos", afirmou.

SOJA E MILHO - No geral do PIB, Rebeca Palis avalia que o resultado recorde da agropecuária, superando a queda apresentada em 2022, teve influência do crescimento da produção e do ganho de produtividade. "Esse comportamento foi puxado pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola”.

PETRÓLEO E MINÉRIOS - Outra influência positiva foi o desempenho das Indústrias Extrativas. A atividade teve alta de 8,7% em função do aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro. Destaque também para eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com alta de 6,5%.  "Houve condições hídricas favoráveis e a bandeira verde vigorou durante todo o ano de 2023. Além disso, o fenômeno climático ‘El Niño’ aumentou a temperatura média, impactando o consumo de água e energia”, justifica a pesquisadora.

AMPLO - Em Serviços, todas as atividades tiveram crescimento, com destaque para Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados à intermediação (6,6%), mas também atividades imobiliárias (3%), informação e comunicação (2,6%), transporte, armazenagem e correio (2,6%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,1%) e Comércio (0,6%). "É o Brasil no rumo certo. 2023 foi só o começo", resume Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).

 

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