Cuiabá e Várzea Grande, os dois maiores municípios de Mato Grosso, registraram quase 70 mil domicílios desocupados em 2022, segundo o levantamento divulgado nesta sexta-feira (06.09) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados fazem parte do “Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos”.

Em Várzea Grande, foram contabilizados 22.687 imóveis desocupados, enquanto Cuiabá somou 46.977. O dado chama atenção em um cenário onde, ao mesmo tempo, a região lida com uma crescente demanda habitacional. Mesmo municípios menores também se destacaram no levantamento, como Arenápolis, com pouco mais de 10 mil habitantes, que registrou 778 domicílios não ocupados.

Além disso, o órgão divulgou números sobre domicílios coletivos no estado. Em Mato Grosso, 18,6 mil pessoas viviam em algum tipo de domicílio coletivo, representando 0,5% da população do estado. O maior número de moradores estava em penitenciárias e centros de detenção, com 8,8 mil pessoas, correspondendo a 47,5% do total de moradores desses locais. 

Na sequência, aparecem os alojamentos, com 6,1 mil moradores (32,7%). Outros tipos, como asilos, clínicas psiquiátricas, hotéis, abrigos e repúblicas assistenciais, apresentaram números mais baixos.

Nacionalmente

O tipo “Penitenciária, centro de detenção e similar” foi o que concentrou a maior parte dos moradores de domicílios coletivos em todas as Unidades da Federação (UF). Na participação por região, o Sudeste tinha 52,0% dos moradores desse tipo de domicílio, uma proporção maior do que tinha na população brasileira, que era de 41,8%. O Nordeste, por sua vez, reunia 26,9% da população brasileira, mas apenas 16,5% dos moradores de penitenciárias.