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Favoritismos #5: veja as chances de vitória de cada equipe na rodada do Brasileiro

Por Por Valmir Storti — Rio de Janeiro
Publicado em 19-06-2021 às 19:56hrs
Após visitantes levarem a melhor na rodada passada, agora mandantes têm maior potencial de vitória. Flamengo x Bragantino reúne os ataques com maior média de finalizações na competição .
Favoritismos #5: veja as chances de vitória de cada equipe na rodada do Brasileiro DE FUTEBOL

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #5 do Brasileirão comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando, considerando também as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 74.956 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.076 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual de cada equipe.

Para esta edição do Brasileirão, o desempenho de um jogador passa a ser comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e passamos também a considerar o que se esperava da finalização se feita com o "pé bom" (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o "pé ruim" (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

 

Favorito >> Flamengo

 

 

  • São os dois ataques com maior média de finalizações neste início de Brasileirão: o Bragantino tem em quatro jogos média de 19 finalizações, e o Flamengo, em duas partidas, média de 16. A maior diferença entre eles está na defesa: o Bragantino levou um gol a cada 6,3 finalizações sofridas, e o Flamengo ainda não levou gol em 20 finalizações feitas por América-MG e Palmeiras. Dos últimos cinco gols fora de casa, o Bragantino fez quatro pelo alto. O Flamengo vinha tendo problemas pelo alto, mas não leva gol assim há cinco partidas. Bom teste.

 

+ Flamengo coloca favoritismo à prova contra o Bragantino, especialista na bola aérea

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Palmeiras

 

 

  • O América-MG fez 53 finalizações e ainda não conseguiu um gol em quatro partidas do Brasileirão. O Palmeiras já fez sete gols, um a cada 7,3 tentativas, quarta maior eficiência. Há forte potencial para gol aéreo do Palmeiras, terceiro mandante com maior média de gols pelo alto (1,20) nos últimos dois meses e quinta maior influência aérea ofensiva mandante (54,5%), sem contar pênaltis e faltas diretas. O América-MG tem a quarta pior média de gols aéreos sofridos (0,67) e a quarta maior influência aérea entre os gols sofridos (66,7%), sem pênaltis...

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Internacional

 

 

  • Duas defesas que vêm deixando a desejar no Brasileirão: o Internacional levou um gol a cada cinco finalizações, segundo pior desempenho, e o Ceará um a cada 5,9 finalizações, quarto pior desempenho. Nos últimos dois meses, foram marcados sete pênaltis para o Internacional, maior marca, e oito para o Ceará, terceira maior. Cada um teve quatro pênaltis contra. O Inter é o mandante com maior média de gols aéreos no bimestre (1,22) e a quarta maior influência aérea ofensiva (57,9%). O Ceará vem se defendendo relativamente bem, com a sexta menor média de gols aéreos sofridos (0,27), mas com influência aérea defensiva de 50%.

 

 — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Empate

 

 

  • Um embate entre uma defesa que só levou gol em três de 13 jogos como visitante na temporada, a do Corinthians, e o ataque mais eficaz deste início de Brasileirão, que fez um gol a cada 4,5 finalizações e que em 19 jogos em casa na temporada, só não fez gol em quatro. Quem vai prevalecer? Corinthians ficou dois jogos como visitante sem levar gol aéreo, mas voltou a sofrer contra o Palmeiras. No bimestre, o Bahia tem a oitava média de gols a partir de bolas áreas, com 0,75 por jogo. Corinthians visitante sofre pouquíssimos gols, mas 80% nascem de bolas altas, sem contar pênaltis e faltas diretas.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Santos

 

 

  • O São Paulo não vence como visitante há oito jogos e vem de três derrotas. O Santos perdeu só dois jogos em casa em 14 partidas, com oito vitórias. No bimestre, o São Paulo tem quarta maior média visitante de gols aéreos (0,70) e segunda maior influência (70%). O Santos tem fechado seu espaço aéreo: só levou um gol assim no período, tem a terceira melhor média defensiva (0,13) e a terceira menor influência aérea defensiva (33,3%). No Brasileirão, o Santos fez um gol a cada 20 finalizações, terceira pior marca, e o São Paulo, a cada 34 tentativas. O Santos levou um gol a cada 4,2 finalizações, pior marca, a o São Paulo a cada 9,3 (oitava pior).

 

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fluminense

 

 

  • O Fluminense costuma ser um problema para o mandante Fortaleza. A equipe carioca venceu os três confrontos que tiveram com esse mando de 2006 para cá pela Série A. O Fortaleza vai tentar mudar essa história com o terceiro ataque mais eficaz do Brasileirão, que fez um gol a cada 6,1 finalizações e com a sexta defesa que mais vem suportando pressões, com um gol sofrido a cada 17 conclusões adversárias. O Fluminense vem precisando de 10,5 tentativas para marcar, 11ª performance, mas vem suportando em média 24,5 finalizações até levar um gol.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Athletico-PR

 

 

  • Duas defesas que ainda não levaram gol no Brasileirão: o Athletico-PR resistiu a 35 finalizações, e o Atlético-GO, a 30. Um teste de fôlego porque o Athletico-PR tem o segundo ataque mais eficaz até aqui, com um gol a cada 5,8 finalizações, e o Atlético-GO, o sexto mais eficaz, com um gol a cada 7,7 tentativas. A equipe paranaense tem a quinta maior média mandante de gols a partir de jogadas aéreas do bimestre (1,09) e a segunda maior influência aérea ofensiva (66,7%). Usou bolas altas para fazer oito dos últimos dez gols em casa. O time goiano tem média 0,5 sofrido por jogo fora, mas três dos últimos quatro gols que levou como visitante foram pelo alto

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Juventude

 

 

  • O Juventude não vence há cinco jogos e perdeu os dois que mandou no Brasileirão, para Athletico-PR e Palmeiras. Nos últimos dois meses, tem a quarta pior campanha mandante (2 V, 0 E, 2 D, 50%). O Sport não vence fora de casa há três jogos e no bimestre tem a quinta pior campanha visitante (1 V, 2 E, 1D, 42%). O Juventude tem a pior média defensiva de gols a partir de bolas aéreas (0,75) entre os mandantes, mas o Sport não vem sendo feliz no jogo aéreo, com a pior média de gols aéreos (0,25) entre os visitantes, empatado com o Atlético-GO.

 

 — Foto: Espião Estatístico

 

Favorito >> Atlético-MG

 

 

  • A Chapecoense vem de três derrotas e um empate nos últimos quatro jogos fora de casa. Nos últimos dois meses, tem o segundo pior desempenho entre os visitantes (1 V, 2 E, 4 D, 24%) com a segunda pior defesa visitante (média 1,86 gol sofrido por partida). Neste início de Brasileirão, sua defesa está levando um gol a cada 8,3 finalizações (sétima pior marca) e o ataque está precisando de 15 tentativas para fazer um gol, sexto pior desempenho. Levou sete gols e marcou dois. O Atlético-MG está disputando a liderança e principalmente sua defesa vem muito bem, resistindo a 19 finalizações até sofrer um gol, quinta melhor marca.

 

 

Cuiabá x Grêmio >> Adiado

 

 

  • Jogo ainda não tem data prevista para ser realizado devido à disputa da Copa América.

 

 

Metodologia

 

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 74.956 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.076 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos ainda a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo de cada e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.

De cada cem finalizações da meia lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia lua tem cerca de 0,07 expectativa de gol (xG). Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de virar gol, que cresce se for um contra-ataque, por haver menos adversários para evitar a finalização. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. A partir da rodada #5, apresentaremos a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe.

 

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

 

Resultado

 

Favoritismos acertou 17 dos 37 jogos analisados, aproveitamento de 46%.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Leandro Silva, Mateus Pinheiro, Roberto Maleson e Valmir Storti.

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