O governador Mauro Mendes (União) elogiou, nesta quinta-feira (06.03), a atuação da Polícia Civil na investigação do homicídio do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido em julho do ano passado. A declaração foi feita nas redes sociais, após a deflagração de mais uma fase da Operação Office Crime – A Outra Face, que levou à prisão temporária de cinco policiais militares e do homem apontado como executor do crime.

Mendes destacou que a Polícia Civil de Mato Grosso tem um índice de 90% de elucidação dos crimes cometidos no estado, contra uma média nacional de 40%. Ele parabenizou a corporação pelo trabalho e reforçou que o programa de segurança pública “Tolerância Zero” será aplicado tanto para fora quanto dentro das forças de segurança.

“Esses policiais vão ter o direito de se defender. Entretanto, com essa prisão, mostramos claramente que o programa Tolerância Zero é Tolerância Zero para fora e para dentro, e que vamos sim cortar na carne qualquer irregularidade cometida dentro das nossas forças de segurança”, afirmou o governador.

Mauro Mendes também informou que a Polícia Militar já instaurou uma comissão processante para acompanhar as investigações da Polícia Civil de forma independente. Ele garantiu que, caso sejam culpados, os policiais investigados serão expulsos e responderão como qualquer outro cidadão que comete crime no estado.

“Reafirmo minha convicção e crença no trabalho da grande maioria absoluta dos nossos profissionais das forças de segurança de Mato Grosso, que são homens sérios e que todos os dias trabalham para defender, arriscando a própria vida, a sociedade mato-grossense”, concluiu.

Operação e prisões

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), cumpriu seis mandados de prisão temporária contra suspeitos de envolvimento no assassinato do advogado. Entre os alvos estão cinco policiais militares e um caseiro, que teria sido o executor do crime. Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.

Dos seis alvos, cinco já foram presos, sendo quatro militares e o executor. Um policial militar segue foragido. As investigações indicam que o crime foi motivado por uma disputa de terras.

O advogado Renato Nery, de 72 anos, foi baleado em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, em julho de 2024. Ele chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. Desde então, a DHPP tem realizado diligências para esclarecer o caso, entre elas a apreensão da arma utilizada no homicídio e a identificação da rota de fuga do executor.