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POLITICA

Kennedy promete fazer pente-fino nos contratos de Cuiabá e diz não ver prejuízo em apoio de Emanuel

Por Da redação Leiagora.com
Publicado em 12-08-2024 às 08:05hrs
Empresário, que concorre pelo MDB, também falou sobre o apoio de seus correligionários à candidatura de Eduardo Botelho (União) e afirmou que pretende conversar com todos e trazê-los para o seu lado, se vencer

Recém-chegado à disputa pela Prefeitura de Cuiabá e do mesmo partido do atual prefeito, o empresário Domingos Kennedy (MDB) foi o primeiro candidato a oficializar sua candidatura na corrida ao Palácio Alencastro. Com um arco de alianças reduzido devido à sua entrada tardia na corrida eleitoral, o empresário tem buscado se apresentar ao eleitorado nas redes sociais e em encontros com presidentes de bairros.

Em decorrência do apoio de Emanuel Pinheiro (MDB), algumas pessoas têm olhado torto para o candidato, que afirma que a aproximação com o atual chefe do Executivo municipal não o prejudica. Kennedy se coloca como defensor dos bons projetos do correligionário e afirma que o que estiver errado será corrigido em sua gestão. 

Ao Leiagora, o candidato afirmou que pretende passar um pente-fino nas contas do município e trazer todas as “dores” da população e da gestão para si, para entender como funciona a máquina e sanar os problemas. Sobre os buracos, o emedebista disse que pretende criar um “tapa-buracos 24h”, mas ressaltou que o problema é mais profundo do que apenas tapar. Também garantiu que a prefeitura terá de trabalhar com o que tem, sem aumentar ou criar impostos ou taxações. 

Kennedy promete surpreender e usar todo seu tempo de exposição na TV e no rádio para dar um salto nas pesquisas eleitorais. Atualmente, ele é o “lanterna” na corrida, atrás de Lúdio Cabral (PT). 

Confira a entrevista completa:

Leiagora - Em primeiro lugar, quem é Domingos Kennedy?

Kennedy: Domingos Kennedy é uma pessoa simples, trabalhadora, que chegou aqui em Cuiabá há mais de 42 anos. Comecei a trabalhar no banco, depois trabalhei numa empresa cuiabana e isso faz 39 anos. Eu continuo na mesma empresa, continuo trabalhando no mesmo local. Sou casado, tenho cinco filhos, dois netos, dois gatos e sou um cara que, graças a Deus, por amar muito Cuiabá, que para mim foi tudo na minha vida, me deu tudo que eu tenho, então, eu decidi botar o meu nome para ser candidato de Cuiabá. 

Leiagora - O que faz com que um empresário bem-sucedido resolva entrar para a política, e o que te qualifica para o cargo de prefeito de Cuiabá?

Kennedy: Por amor a Cuiabá, eu fui convocado pelo MDB. Estava tranquilo na empresa, mas fui convocado. Vendo o perfil dos candidatos que aí se encontram, sentindo o direito de poder ajudar Cuiabá, por tudo que Cuiabá foi para mim até hoje. Cuiabá... As pessoas que sempre me ajudaram, eu cheguei aqui há muito tempo, 42 anos, tinha 18 anos de idade, com uma mão na frente e outra atrás. Então, eu tive as oportunidades aqui, na vida. Por que não eu também trabalhar e tentar dar oportunidade para as pessoas, melhorar a vida das pessoas, melhorar a nossa querida Cuiabá?

Tudo que pus o nome, graças a Deus, foi para frente. Fui presidente da associação (do Distrito Industrial de Cuiabá), fui presidente do sindicato, estou licenciado, estou à frente da empresa há 39 anos. Então, acredito que estou credenciado e gabaritado para melhorar cada vez mais, ajudar e contribuir com a nossa querida Cuiabá.

Leiagora - O que esperar de Domingos Kennedy durante a campanha? 

Kennedy: Vou fazer uma campanha propositiva, com boas ideias, com boas propostas, porque eu sei como eu vou buscar isso, eu sei como eu vou buscar economias para poder melhorar Cuiabá, aplicar onde precisa na infraestrutura, seja na saúde, seja na educação. Eu sou gestor, vou trabalhar bastante, vou fazer uma equipe qualificada para me ajudar a melhorar cada vez mais Cuiabá. [...] As pessoas vão gostar muito do meu nome, que vai estar à disposição para as pessoas votarem.

Leiagora - Quais são suas propostas para resolver os problemas da Saúde e dos buracos em Cuiabá, que são dois dos principais desafios da gestão atual?

Kennedy: A Saúde é um problema seríssimo no Brasil inteiro. Nós precisamos identificar todos os gargalos. Hoje, nós temos, na Empresa Cuiabana de Saúde, 1.800 colaboradores; na Saúde, que é regulada pelo SUS, tem mais 5.500 colaboradores e, com isso, a gente tem um corpo técnico muito bom. Nós vamos analisar, vamos ver se todas as pessoas estão qualificadas, porque a gente precisa melhorar cada vez mais com a prestação de serviço. Então, nós vamos ver se essas pessoas estão qualificadas, caso nós identificarmos que tem alguém que não esteja qualificado, nós vamos capacitar, nós vamos ajudar, porque nós precisamos de todos. 


Nós vamos melhorar a parte de controle de informática e de TI. Eu entendo que existe um pouco de carência nessa área. Nós vamos comprar melhor remédio, para ter um controle melhor, para que seja todo mundo conectado online, para não ter perda de produtos. Nós vamos ampliar mais as cirurgias eletivas. Nós precisamos dar um gás nisso aí. Nós precisamos melhorar isso mais rápido. Tem muita gente na fila. Isso é regulado pelo SUS, que é pelo Estado. Mas nós precisamos fazer aí um mutirão e acelerar isso para a gente melhorar.

O buraco é muito fácil. Eu sempre falei aqui que eu vou fazer uma economia de R$ 150 milhões de energia elétrica. Vou sair do mercado cativo e vou para o mercado livre. Então, nós vamos pôr no caixa R$ 150 milhões. R$ 75 milhões nós vamos colocar na infraestrutura, porque é um gargalo hoje, tapar o buraco. Mas o buraco tá sendo tapado. Com esse recurso, nós vamos criar lá um 'tapa-buraco 24 horas'. Então, nós vamos zerar o buraco. Nosso problema mais sério é que chove e abre buraco. Por que? Porque a malha viária tá totalmente exaurida. Ali foi feito, não teve muita qualidade na área, na parte quando foi feito o asfalto, não foi feita a drenagem, então, o que acontece? Nós vamos ter que arrumar algumas partes, tirar toda aquela parte que está ruim e colocar no asfalto novo e tampando o buraco até que a gente consiga um recurso para asfaltar totalmente a cidade. 

Leiagora - Se eleito, qual será sua primeira atitude como prefeito de Cuiabá?

Kennedy: Entender todos os números. Convocar todos os secretários, ou os novos secretários, trazer todas as dores para mim, porque as dores da população eu já estou conversando com a população, mas todas as dores da gestão. Como funciona cada setor, o que nós podemos fazer para melhorar, vamos entender todo o processo e começar a fazer a gestão para nós termos recursos no caixa. Vamos analisar todos os contratos, tem que olhar tudo! Eu sempre falo que é do couro que sai a correia, então, nós temos que conviver com aquilo ali. Porque eu, na minha gestão, é zero de imposto. Eu não vou jogar mais um centavo nas costas do cidadão. Aperta ali, aumenta a taxa ali, aumenta o imposto aqui, não. É o que está aí, nós vamos ter que sobreviver. Então, nós vamos fazer esse trabalho todo aí e vamos organizar.

Leiagora - As gestões anteriores foram marcadas pela participação efetiva das primeiras-damas, especialmente na área social. Se eleito, qual será o papel da sua esposa na sua administração? Ela terá um cargo oficial ou estará envolvida em alguma iniciativa específica?

Kennedy: Minha esposa é uma pessoa bem simples, sabe, ela não gosta muito de holofote. Então, ela vai me ajudar assim no que eu precisar. Mas ela não vai assumir nenhuma secretaria não.

Leiagora - A gestão do atual prefeito Emanuel Pinheiro tem sido marcada por escândalos e operações policias. O senhor se apresenta para a disputa com o apoio do gestor. Não acredita que isso pode prejudicar o seu desempenho na campanha eleitoral? 

Kennedy: De jeito nenhum. Eu sempre falo, o que o prefeito fez de bom, nós vamos manter. Kit escolar, Contorno Leste, ônibus com ar-condicionado. Olha só que maravilha o povo hoje, tudo no ar-condicionado fresquinho! Ponto de ônibus com ar-condicionado, sempre pensando no povo. O HMC, olha esse hospital, olha o antigo Pronto-Socorro, pelo amor de Deus, não tem comparação. É da água para o vinho. Essas coisas aí a gente vai manter, é bom manter, que é muito bom para o nosso povo. O que deu problemas pontuais, nós vamos resolver. É isso que a gente faz, a gente é técnico, é para resolver o problema.

Leiagora - Como o senhor responde às alegações de que sua candidatura seria uma “farsa” destinada apenas a negociar apoio no futuro?

Kennedy: Acho que isso aí era uma besteira, estou aí como candidato, vamos para frente, vamos avante, entendeu?! Sou homem de fazer isso não! Sou homem de palavra, o que faço, vou até o fim, vou até o fim para gente vencer. 

Leiagora - Pesquisas divulgadas recentemente o colocam na lanterna pelo fato de os eleitores não saberem quem é você. Qual a estratégia para mudar isso?

Kennedy: Olha, normal. Veja bem, na minha quali saio como um dos melhores candidatos. O único problema nosso é que eu não sou conhecido. Estamos trabalhando, estamos correndo nos bairros, estamos fazendo tudo. Ainda nós vamos fazer a nossa campanha na televisão, no horário eleitoral. Então, a gente vai ficar bem conhecido. 

Leiagora - Quais os critérios para escolher a sua vice e qual será a participação dela na campanha eleitoral?

Kennedy: Eu sempre falei que eu gostaria de pessoas técnicas do meu lado ali, para me ajudar. A prefeitura é uma empresa muito grande, é uma máquina pública muito grande, com várias secretarias, enfim, é uma coisa muito grande.

Eu prefiro pessoas técnicas e ela é contadora, também é cientista social. Então, ela tem um perfil para me ajudar, para contribuir sim. Ela é militante, há mais de 34 anos no partido (PDT), também ela é presidenta do partido. Então, ela tem uma certa liderança que pode ajudar a trazer voto para gente e também na nossa gestão, compartilhar a experiência que ela tem, ela é técnica. É uma importante área que ela cuida, que é a parte de contabilidade. 

Leiagora - Por último, como o senhor enxerga o fato de seus correligionários, a deputada Janaina Riva e os deputados Thiago Silva e Dr. João, apoiarem à candidatura do Eduardo Botelho à Prefeitura de Cuiabá? 

Kennedy: Na minha concepção, entendo que o presidente do partido liberou a estadual. Até então, eles vinham construindo isso há muito tempo com o Botelho, e eu entrei faz 15, 20 dias, entendeu? Então, não dá para culpar eles, se a gente tivesse falado 'O MDB tem candidato', a gente podia ter articulado com eles. Respeito isso, não vejo problema nenhum. Já conversei com a Janaina, vou conversar com o Thiago, vou conversar com o Dr. João também, até porque não conheço ele, porque estou entrando na política agora, recente mesmo. Mas o meu trabalho vai ser de agregar e trazer todo mundo junto. Não existe ninguém forte no partido. O partido tem que estar junto. Se estiver junto, nós somos fortes para fazer deputado, para fazer senador, governador, quem quiser. Desse jeito aí, não faz ninguém. Então, vamos trabalhar para isso.

 

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