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POLITICA

Márcia Pinheiro, candidata ao governo de Mato Grosso pelo PV, é entrevistada na TV Centro América

Por g1 MT
Publicado em 14-09-2022 às 09:41hrs
Quatro candidatos participam da rodada de entrevistas, que começou nesta segunda-feira (12).
MARCIA GOVERDADORA DE MT Márcia Pinheiro, candidata ao governo de Mato Grosso pelo PV, é entrevistada na TV Centro América

Márcia Pinheiro, candidata ao governo de MT, é entrevistada no MT1 — Foto: Caroline Mesquita/g1

 

A candidata ao governo do Estado de Mato Grosso, Márcia Pinheiro (PV), foi entrevistada ao vivo no MT1 desta segunda-feira (12).

A participação da candidata faz parte de uma série de entrevistas que a TV Centro América realiza com os quatro candidatos ao governo do Estado, de acordo com o seguinte cronograma:

 

  • Dia 12/09: Márcia Pinheiro (PV)
  • Dia 13/09: Mauro Mendes (União Brasil)
  • Dia 14/09: Moisés Franz (PSOL)
  • Dia 15/09: Pastor Marcos Ritela (PTB)

 

Márcia Pinheiro, de 54 anos, esteve no estúdio em Cuiabá, onde foi entrevistada pelo apresentador Cleto Kipper. Márcia tem como vice Vanderlúcio (PP).

MT1 entrevista Márcia Pinheiro, candidata do PV ao governo de Mato Grosso

MT1 entrevista Márcia Pinheiro, candidata do PV ao governo de Mato Grosso

 

MT1 - Candidata, eu gostaria de começar falando sobre corrupção. Ano passado o Ministério Público deflagrou uma operação para investigar irregularidades na Secretaria de Saúde de Cuiabá. A senhora estaria ligada diretamente à essas irregularidades, segundo as investigações. Os promotores também identificaram telefonemas, mensagens da senhora com agentes públicos para contratação, para pagamento do 'Prêmio Saúde'. No seu governo, como a senhora pretende combater a corrupção?
Márcia Pinheiro - Bom, primeiro, nós fomos injustiçados. Nós já temos uma proposta do Ministério Público. Foi encaminhado aos nossos advogados onde pede o arquivamento desse processo, o qual nós não temos nada a ver com isso. Os nossos advogados disseram que, em 48 horas, derrubariam essa decisão e nós, para deixar tudo muito claro para que o Ministério Público pudesse investigar da melhor forma possível, não entramos em nenhum momento com pedido para que isso fosse revogado. Então isso demonstra a nossa boa fé, que nós não estamos preocupados com isso, que nós deixamos o Ministério Público para que pudesse investigar da melhor forma possível e não temos nada a ver com isso. Inclusive, está pedindo um acordo com os nossos advogados, então prova que não temos absolutamente nada a ver com isso.

 

MT1 - Como a senhora vai combater a corrupção? Reforço a nossa pergunta.
Márcia Pinheiro - No governo, nós temos várias ações e vários problemas que nós enfrentaremos, mas temos o Tribunal de Contas, nós temos o Ministério Público, temos vários poderes que são para isso. Então, por exemplo, no caso de Cuiabá, as operações podem ser feitas. Agora, a conclusão disso, o resultado disso, a maioria dos nossos secretários foram inocentados. Os processos, que têm alguns em andamento, com certeza irão também ser livres disso, porque nós não temos nada a ver com isso. Essa corrupção nunca chegou até nós. Inclusive, a própria Secretaria de Saúde que você citou não tem nenhum envolvimento de dinheiro nem comigo, nem com o Emanuel, então foi uma ação com fundo de uma delação de uma outra pessoa que chegou até nisso, mas que não nos envolve em nada, não tem dinheiro nenhum disso.

MT1 - Então não era a senhora nos telefonemas identificados pelos promotores?
Márcia Pinheiro Tanto no governo municipal, quanto o estadual e o federal, nós temos 700 e poucos DAS que não são prerrogativas do prefeito. Inclusive, no estado, o motorista da primeira-dama com a mulher dele, que é secretária-adjunta do governo, e o filho deles trabalha no governo e cuida das cestas básicas. Então isso não é prerrogativa. Se eles têm direito, porque que nós não temos de ter isso? Então não tem nenhuma investigação. Telefonemas podem ocorrer. Inclusive, foi divulgado aqui na própria emissora um telefone meu com o meu filho que, em nenhum momento, cita 'Mãe, eu quero colocar' ou eu falando 'Eu vou colocar". Não tem nada disso.

 

MT1 - Candidata, a senhora falou de acordo com o Ministério Público. A senhora usou essa palavra. Só para ficar claro. A partir do momento em que se usa a palavra '"acordo", a senhora automaticamente está assumindo a sua irregularidade.
Márcia Pinheiro - Não, desculpe, então telespectador. Me retrato em relação a isso. Eles estão pedindo, solicitando nossos advogados para fazer um acordo com a gente. Não significa que nós vamos assumir nenhuma responsabilidade. De forma alguma. Eles que solicitaram, não fomos nós que fomos atrás deles. Em nenhum momento, tem acordo nenhum. Se for para assumir qualquer coisa, jamais vamos assinar qualquer coisa, porque nós temos o direto do nosso lado, nós sabemos a nossa ilicitude, nós sabemos que não tem nada, corrupção zero, não tem nada envolvendo a nós como quer imputar que nós temos envolvimento com dinheiro e não existe envolvimento nenhum com dinheiro e, no estado, nós vamos fazer a mesma coisa. Nós temos órgãos de controle, temos corrupção, inclusive, eu tenho até uma proposta para fazer daqui uns dias e eu vou fazer para mostrar quem é corrupto em Mato Grosso, quem realmente lesa os cofres públicos. Essa situação, semana que vem, nós já vamos colocar em prática para mostrar, em Mato Grosso, que é que realmente furta os cofres públicos. Então, semana que vem, vamos fazer uma coletiva e explanar isso.

 

MT1 - Candidata, já que estamos no assunto "saúde", o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso vem constantemente fazendo duras críticas ao governo municipal. Inclusive, o Ministério Público Estadual entrou na Justiça com um pedido de intervenção na saúde. Como vai ser a gestão da saúde, Márcia Pinheiro, caso eleita?
Márcia Pinheiro - Esse mesmo Ministério Público que entrou contra Cuiabá e que foi negado, entrasse junto ao estado, porque as mesmas empresas que prestam serviço para o município, prestam ao estado. Na região leste, as pessoas andam 1.600 km por semana para fazer hemodiálise e em nenhum momento o Ministério Público interviu nisso. O Ministério Público tem que intervir, os hospitais estão sucateados, falta restruturação total, as pessoas não tem como se tratarem. O maior serviço da saúde em Mato Grosso é "ambulânciaterapia" para vir aonde? No HMC, que o Emanuel construiu em dois anos e a população de Mato Grosso tem que agradecer, porque é ali que está salvando as pessoas. Eles não têm aonde recorrer. Ali, se você ficar o dia inteiro filmando as ambulâncias, é que salva. O HMC atende 60% pessoas do interior e somente 40% é da capital. Então essa intervenção foi negada e isso é cunho eleitoreiro, eles fizeram exatamente no momento que começou a campanha política, no momento em que eu sou candidata. Inclusive, o Emanuel já fez uma coletiva, já mostrou que quem entrou com esse pedido de intervenção é um médico que, infelizmente, não trabalha e não representa a classe toda. Nós temos excelentes médicos na rede, excelentes pessoas comprometidas e capacitadas salvando vidas no município de Cuiabá e essas pessoas que entraram do sindicato, Emanuel mostrou que não trabalham e querem pedir intervenção? Tem que pedir intervenção deles para que eles trabalhem, essa é a realidade.

 

MT1 - Candidata, vamos falar sobre espera. Nós estamos acompanhando, aqui no MT1, há um bom tempo, a história da dona Maria de Lurdes, moradora aqui de Cuiabá. Ela é uma das 30 mil pessoas que esperam por uma cirurgia eletiva no estado. Ela foi diagnosticada e precisa fazer uma cirurgia de artoplastia do joelho. Agora, se eleita, o que a senhora pretende fazer pela dona Maria de Lurdes e essas 30 mil pessoas que aguardam ansiosamente pela cirurgia eletiva?
Márcia Pinheiro - 
Nós temos que reestruturar totalmente, porque a saúde do município banca a saúde do estado. As altas complexidades, que são parcerias que teriam que ter no governo, que praticamente não repassa nada para a saúde de Cuiabá. Infelizmente, quem paga o pato são essas pessoas, mas nós estamos sobrecarregados, porque os hospitais do interior não funcionam, não atendem. Nós temos quatro regionais que, infelizmente, não atendem. Aí sobrecarrega o sistema de Cuiabá e acontece de atrasar essas cirurgias, mas não é por Cuiabá, é pelo estado, porque a saúde de Cuiabá banca toda a saúde do estado.

MT1 - Se eleita, o que a senhora pretende fazer por essas pessoas?
Márcia Pinheiro - Imediatamente, estruturar os hospitais do interior. Hoje, existe o sistema de saúde que se chama "ambulanciaterapia", que põe na ambulância e joga para Cuiabá atender. Nós temos compromisso com essas pessoas, sejam da onde for, vem até da Bolívia para cá, vem das regiões. Nós temos esse objetivo, de cuidar das pessoas sejam elas da onde for, então, em nenhum momento, chega alguém do interior que não é atendido. Então, nós fortaleceremos a todos os hospitais do interior e esses hospitais que estão licitados. Desde o começo da gestão, já foi lançado duas vezes e, agora, no período eleitoral, está falando que vai fazer esse e aquele, mas quem fez realmente um hospital em dois anos, que está salvando o estado de Mato Grosso, chama-se HMC, chama-se Emanuel Pinheiro.

 

MT1 - Candidata, no seu plano de governo, a senhora fala em construir e estruturar um novo Pronto Socorro, aqui em Cuiabá, e a senhora sabe que os hospitais estão em construção nesse momento, como por exemplo, o Hospital Geral, que ficou 30 anos parado. A senhora pretende terminar essas obras primeiro para depois começar este novo Pronto Socorro?
Márcia Pinheiro Quero deixar bem claro para a população que plano de governo você faz para registrar a sua candidatura, só que, por exemplo, o plano de governo do atual candidato à reeleição, a maioria, ele não fez, ele não executou, então o papel aceita tudo. E nós queremos dizer para você que nosso plano de governo está em aberto para colocar tudo aquilo que for necessário e até retirar outras coisas que, no momento, talvez não sejam oportunas, mas nós queremos, sim, fazer com que a gente consiga terminar esses hospitais. Que nem esse hospital que está há 30 anos parado, agora ele vai terminar? Nós temos o Hospital Júlio Muller, que tem R$ 100 milhões na conta e por que não termina? Teve quatro anos para terminar e por que não termina um hospital tão importante que poderia descarregar o sistema de saúde da nossa capital? Nós estamos levando o estado nas costas.

 

MT1 - Se eleita, vai terminar?
Márcia Pinheiro - Com certeza. Tem uma prática que aqui se faz, aqui se constrói e nós já provamos isso.

MT1 - Vamos abrir para perguntas dos nossos espectadores. A gente recebeu várias perguntas dos eleitores e nós separamos cinco perguntas. As cinco estão aqui, eu não sei quais são e vou sortear. A pergunta número dois, do Adilson Andrade e Silva, de Arenápolis: "Quero saber o que a candidata ao governo vai fazer para melhorar a qualidade do asfalto. As pavimentações não duram seis meses, o trecho de Arenápolis a Diamantino tem o asfalto de péssima qualidade'"
Márcia Pinheiro Adilson, muito obrigada pela sua pergunta. Quero alertar todos que estão no setor produtivo que o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que foi feito para poder construir casas populares e pavimentar estradas de Mato Grosso, vai vencer agora dia 31 de dezembro, então alerta para o setor produtivo porque esses recursos são desviados. Não foram realmente colocados para infraestrutura das estradas, em nenhuma casa popular e vou dizer mais para vocês: essas duas MT, que é a 246 e a outra que eu não me recordo aqui, já estão tendo a cobrança de pedágio. Faz um recurso do Fethab para construir estrada, para reparar, manter e aí você não faz isso e desvia esse dinheiro, não constrói casas populares e coloca pedágio para arrumar essas mesmas estradas? No meu governo, nós vamos auditar todos esses contratos, vamos suspender os pedágios, que é um absurdo. Eu estive pessoalmente na 246, perto de Tangará da Serra e realmente é um absurdo. O recurso do Fethab é para ter escoamento, para poder atender os produtores e aí você não faz isso e ainda coloca pedágio? Privatiza e coloca pedágio em cima disso? Está completamente errado. Então vai um aleta aqui para o setor produtivo: não vamos nos calar, vamos dar um fim nisso, porque não pode acontecer, porque senão vai ter de novo a taxação do Fethab e, se vocês ficarem com esse outro candidato, vocês terão o Fethab de novo, o pedágio não ficará nessas duas MTs, vai para Santo Antônio, Cuiabá a Chapada, Cuiabá a Acorizal, Cuiabá a Guia, o que é isso? Pelo amor de Deus, gente! Vamos parar com essa taxação. O nosso estado é o estado que mais cobra impostos no Brasil, é o número um do país. Nós não podemos permitir isso, as pessoas não aguentam mais pagar impostos. O setor comercial não está aguentando mais, as pessoas não estão aguentando mais.

 

MT1 - Candidata, vou sortear mais uma pergunta que chegou dos eleitores através do nosso Whatsapp. Pergunta número três, do Carlos Luiz Sousa, do Bairro São Francisco, em Cuiabá. '"Queria saber da candidata ao governo porque o Bairro São Francisco não tem rede de esgoto? O bairro é um dos mais antigos da cidade e está sem infraestrutura'".
Márcia Pinheiro - Olá, Carlos, muito oportuna a sua pergunta. Obrigada, um abraço. Quero dizer a você, Carlos, que, em Cuiabá, nós fizemos nesses cinco anos mais de 400 km de asfalto. A rede de saneamento está em primeiro lugar no Brasil. Cuiabá está em primeiro lugar, teve até uma propaganda do governo federal que Cuiabá está em primeiro lugar no saneamento. Infelizmente, como Cuiabá é muito grande, com muito tempo sem nenhuma infraestrutura, sem nenhum investimento nessas áreas de saneamento, que saneamento também é saúde, também cuidar do meio ambiente. Mas pode ter a certeza que logo chegará no seu bairro, porque nós estamos estruturando toda a nossa capital.

MT1 - Candidata, mais uma pergunta dos eleitores. Essa é a pergunta número quatro. Evaldo Correia do Bairro Porto: "O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é um sistema modal de transporte urbano mais moderno que o BRT. Será que o futuro governador ou governadora não irá discutir com os usuários o transporte coletivo e ver que é melhor terminar as obras do VLT ,que estão praticamente prontas?'.
Márcia Pinheiro - Evaldo, bom dia, um grande abraço. Você tem toda razão. Na realidade, já foi discutido. Faltam R$ 600 milhões para que termine as obras do VLT e você, provavelmente, seja usuário do transporte coletivo. Nós terminaremos o VLT, nós somos a favor do VLT. Eu sou paranaense, estudei em Curitiba e, em 1981, nós já andávamos de Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Não é o que está sendo colocado, que o atual governo quer colocar. Nós já sabemos porque que ele quer colocar o BRT. "Ah, porque é ônibus elétrico", mas é ônibus gente. Pode ser elétrico, mas é ônibus. Quer dizer que você não tem oportunidade, condições e o direto de andar de VLT? Em Várzea Grande, os trilhos já estão colocados e nós temos que colocar o VLT. Ele está parado, os vagões estão lá parados e diz esse atual governo que vai vender os vagões para a Bahia. Então a Bahia pode colocar VLT? Lá o usuário de transporte coletivo tem o direto de andar de VLT? Quando o governador sai daqui, ele anda de VLT. Agora, ele não quer o VLT para vocês? Que é um transporte moderno, sustentável, energia limpa e que vai dar todo o conforto para vocês. Eu sou a favor de fazer o melhor para a população. Eu quero, no meu governo, terminar, sim, esse VLT. É necessário, nós não podemos ter R$ 1,2 bilhão investidos e ter jogado no lixo. No plano de governo, está que ele terminaria o VLT. Quando ele foi prefeito, ele autorizou a abrir Cuiabá, rasgar Cuiabá, tirar todas as árvores para fazer o VLT. Por que ele não se opôs naquela época? Quais são os motivos obscuros para que, hoje, ele queira colocar ônibus, de novo, em Cuiabá? Lógico, ele não vai andar de ônibus e também não vai andar de VLT. Então, para ele tanto faz, importa aquilo que vai render para ele. Então, nós faremos o VLT. Tenha a certeza disso, porque você merece usar o melhor transporte do mundo.

 

MT1 - Política Social. Segundo o levantamento do governo do estado, 40 mil pessoas aguardam uma moradia. Como no seu governo, a senhora vai resolver esse problema do déficit habitacional?
Márcia Pinheiro - O Fethab, que foi criado para construir moradia e manter a logística e manutenção das rodovias. Então, nós temos a bancada federal, nós temos recursos que nós podemos buscar junto aos nossos parlamentares federais, junto aos senadores. Por isso, precisamos demais da eleição do senador Neri Geller, que vai nos ajudar muito para que a gente traga recursos para a construção dessas casas habitacionais, como o Residencial Nico Baracat, que é federal. O Emanuel, em nenhum momento, deixou parado. O deputado Emanuelzinho foi atrás, conseguiu mais recursos e terminou e entregou o Nico Baracat, que é um conjunto habitacional federal. Então, isso que nós temos que fazer, nós temos que correr atrás, não importa da onde. Nós precisamos atender as pessoas que tanto precisam e estão pagando aluguel e não tem mais condições. Ou ele come ou ele paga o aluguel. A situação está assim, então nós precisamos realmente dedicar e priorizar essa questão da moradia.

MT1 - Segurança Pública. Jhonatan Garcia Parpineli, não sei se a senhora já ouviu esse nome. Ele foi vítima de uma facção criminosa. As investigações apontaram que ele foi morto após tirar uma foto fazendo um suposto gesto, um suposto símbolo de uma facção criminosa e a investigação apontou que ele não tinha relação nenhuma com a facção. As organizações criminosas estão crescendo cada vez mais no nosso estado. O que que a senhora pretende fazer para resolver este problema, já que nós estamos em um estado que é fronteiriço também?
Márcia Pinheiro - Primeiramente, fortalecer as forças de segurança, seja ela o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) na fronteira, como Polícia Militar, a Polícia Civil, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para que a gente possa combater isso. Só que para combater essas facções, nós precisamos também da ajuda federal. É um problema de tráfico, é um problema nacional, não é somente de Mato Grosso. Nós temos 700 km de fronteira seca, nós temos a questão do tráfico, que não é só mais em Cuiabá. Infelizmente, nós temos todo o interior que está chegando droga, nos municípios mais longínquos aqui, municípios pequenos, aliciando crianças, então nós temos que fazer uma força tarefa, poder valorizar esses policiais, poder reestruturar desde os batalhões, o fardamento, o pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA). Então, é um conjunto com a força de segurança pública, não é somente com um setor ou outro. Acho que, juntos, nós vamos avançar com o governo federal para que a gente possa combater tudo isso.

 

MT1 - Vamos falar de turismo agora. Nós moramos em um estado tão lindo que é Mato Grosso, mas, infelizmente, falta muita infraestrutura ainda. Para competir com outras regiões do país, no seu governo, a senhora vai investir nesse setor?
Márcia Pinheiro - Sim, o turismo é um setor que gera muito emprego e renda. Nós temos belezas naturais no nosso estado, mas, por falta de infraestrutura, nem os próprios mato-grossenses acabam conhecendo. Então, acho que nós temos que priorizar isso também. Eu quero ser uma governadora municipalista, porque o município que vai cuidar disso. Então, nós temos que fazer parcerias com esses municípios porque, por exemplo, para você ir em Vila Bela da Santíssima Trindade, que eu estive lá, é longe e você tem que ter uma estrutura hoteleira porque, senão, você não tem onde ficar, não tem onde dormir. Então nós precisamos fortalecer isso juntamente com o setor, com o sindicato, com as associações de turismo. É um setor forte. Nós temos uma reunião agendada com eles para que a gente possa discutir e debater isso. Criar políticas públicas para poder divulgar, fazer a estrutura e divulgar isso mundo afora. A gente sabe que na pesca vêm muitos alemães, muitas pessoas de fora pescar no nosso Pantanal, porém nós temos que fazer uma força tarefa para poder realmente priorizar isso.

 

MT1 - A pergunta é sobre economia. Tem um levantamento do Serasa em que 1,2 milhão de pessoas estão endividadas aqui em Mato Grosso, 21% delas por causa do cartão de crédito. Reflexo, segundo os especialistas, da crise econômica. O que é possível fazer para tirar essas famílias do endividamento?
Márcia Pinheiro Eu quero dizer para vocês que eu quero ser um estado amigo da empresa, focando na geração de emprego. Provavelmente, essas pessoas que estão aqui nesse cadastro são pessoas desempregadas e não puderam honrar seus compromissos e o cartão de crédito, todo mundo sabe, os juros são um absurdo. Então, nós precisamos focar. Vou ser uma governadora de diálogo, vamos tentar com todos os setores. Nós temos que trazer indústrias para Mato Grosso até porque nós somos o maior produtor de algodão do Brasil e não temos nenhuma indústria têxtil no estado. Geraria muito emprego. Então nós temos várias situações, mas o principal é focar na geração de empregos. Ninguém aguenta mais com essa taxação de impostos. Isso é repassado para as pessoas, é repassado para os setores e cai as vendas, tem a demissão e aí vira uma bola de neve. Mato Grosso será amigo da empresa.

 

MT1 - Agora, a senhora tem um minuto par aas considerações finais.
Márcia Pinheiro Quero agradecer toda a população de Mato Grosso, quero agradecer o carinho que tenho recebido. Quero dizer para vocês, mulheres, que nós somos 52% da população, que vocês valorizem a mulher agora neste momento. Nós temos a oportunidade de ser a primeira mulher governadora de Mato Grosso e vamos cuidar de vocês, qualificar vocês para que a gente, juntas, possamos enfrentar todos os nossos problemas já temos. Pedir voto para o nosso senador Neri Geller, 111, que vai nos ajudar muito para melhorar Mato Grosso. Fazer um Mato Grosso para todos, combater a fome extrema, que é uma medida emergencial, e agradecer também a todas as pessoas que estão nos apoiando. Pedir voto para o nosso presidente Lula, 13. Quero agradecer, de todo o meu coração, a toda a minha militância, a toda a nossa coligação "Para cuidar de todos", para cuidar das pessoas e para poder fazer um Mato Grosso com inclusão e justiça social, que é o que nós queremos.

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