A presidente da Câmara de Cuiabá Paula Calil (PL) reforçou a legitimidade de sua conquista à frente do parlamento municipal por iniciativa própria, ante críticas à suposta interferência do prefeito Abilio Brunini (PL) e de deputados estaduais, como seu irmão Faissal Calil (Cidadania). A parlamentar destacou que a Casa de Leis é independente e não será ‘puxadinho’ do Executivo. 

Em coletiva de imprensa após presidir primeira sessão extraordinária, na tarde de terça-feira (7), Paula negou a pecha de continuação da prefeitura e garantiu trabalho e esforços próprios na conquista pela cadeira mais alta do plenário.

“Eu trabalhei a minha candidatura à presidência da Câmara Municipal de Cuiabá. A Paula trabalhou. Eu fui buscando apoio dos vereadores. Nessa caminhada, eu coloquei estratégias para eu seguir. Eu não ataquei ninguém e fui buscando apoio dos vereadores. Não é o prefeito Abilio que colocou a Paula aqui. E são poderes diferentes”, declarou a presidente.

A liberal ponderou que estará sempre aberta ao diálogo com o prefeito quando o assunto for debater soluções para a Capital. No entanto, sob limites já pré-estabelecidos entre os poderes.

“A Câmara é independente do Executivo, mas isso não quer dizer que a vereadora Paula, a presidente da Câmara Municipal, não vai conversar com o prefeito Abilio. Eu vou conversar sim com o prefeito Abilio. Nós vamos discutir com Cuiabá. Isso não quer dizer que será um puxadinho do Executivo. Nós temos aqui 27 vereadores”. 

Quanto às acusações de que até a Assembleia Legislativa (ALMT), por meio de seu irmão Faissal Calil (Solidariedade) e do próprio presidente Max Russi (PSB), teriam interferido na composição da Mesa Diretora do parlamento municipal, a vereadora negou e, mais uma vez, destacou sua autonomia.

“Não houve interferência. Eu sou a Paula, tenho o meu CPF e eu busquei a presidência da Câmara Municipal. Eu fui eleita pelo povo e estou aqui, é legítimo. E estou aqui para trabalhar para o povo”, finalizou.