Ao longo de 2024, é esperado que o estado registre o confinamento de 874,31 mil animais, representando um aumento de 20,61% em comparação ao volume observado em abril de 2024 e um avanço significativo de 57,48% em relação ao consolidado de 2023.

A maior parte desse rebanho confinado está concentrada em grandes confinamentos, que representam 67,86% do volume total. Apesar do aumento no número de animais, os custos com a atividade se mantiveram praticamente estáveis em comparação ao primeiro levantamento do ano, com uma leve redução de R$ 0,47/@. A média da diária confinada em julho de 2024 foi registrada em R$ 11,75/@.
 

Outro ponto de destaque foi o aumento na adoção de mecanismos de proteção de preços pelos confinadores, que atingiu o maior percentual já registrado pelo Imea, com 49,26% dos entrevistados utilizando essas ferramentas. Esse movimento é reflexo das incertezas do ano, causadas pela transição do ciclo pecuário, evidenciando uma maior cautela por parte dos pecuaristas para mitigar os riscos de mercado.

Aumento no diferencial de base MT-SP em agosto de 2024 Na primeira quinzena de agosto de 2024, o diferencial de base entre as cotações do boi em Mato Grosso e São Paulo atingiu -12,22%, registrando uma variação de -0,92 p.p. em relação ao acumulado de julho de 2024. Esse alongamento no indicador foi causado pela maior valorização da arroba em São Paulo em comparação a Mato Grosso.

O preço do boi gordo a prazo em Mato Grosso ficou cotado, em média, a R$ 206,71/@ na parcial de agosto de 2024, representando uma alta de 0,74% em relação ao mês anterior. Já em São Paulo, a valorização foi mais intensa, com a arroba atingindo a média de R$ 235,49/@ (Cepea), um aumento de 1,79% no mesmo comparativo (ambas as cotações a prazo e livres de impostos).

A perspectiva de aumento no volume de gado confinado pode atuar como um fator limitador da alta nos preços do boi gordo em Mato Grosso, contrapondo a redução na oferta de gado de pasto.