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ECONOMIA

Taxa de desocupação cai para 7,5% no trimestre encerrado em novembro

Por Secom Gov.BR
Publicado em 02-01-2024 às 07:37hrs
Número de pessoas ocupadas foi estimado em 100,5 milhões, um crescimento de 0,9% no período. O contingente atingiu o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua

No trimestre encerrado em novembro, a taxa de desocupação do país chegou a 7,5%, com variação de -0,2 ponto percentual (p.p.) na comparação com os três meses anteriores. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 100,5 milhões, o que equivale a um crescimento de 0,9% no mesmo período. Uma vez mais, esse contingente atingiu o maior patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 29 de dezembro, pelo IBGE.

"É a terceira queda consecutiva da taxa de desocupação e, no trimestre encerrado em novembro, essa retração segue o movimento do mesmo período nos anos anteriores, quando, de modo geral, há redução nesse indicador", explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy. "Nesse trimestre, a queda é explicada pela expansão no número de pessoas ocupadas. A taxa de 7,5% é a menor para um trimestre encerrado em novembro desde 2014 (6,6%)", completa. O resultado é positivo, em especial, porque retoma valores de quase dez anos atrás, quando a desocupação era bem mais baixa.

Ainda na comparação com o trimestre anterior, o número de desempregados ficou estável. São 8,2 milhões de pessoas em busca de trabalho no país, o menor contingente desde o trimestre encerrado em abril de 2015, quando havia 8,15 milhões.

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mensal
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mensal

RENDIMENTO CRESCE 2,3% — O rendimento médio real aumentou 2,3% no trimestre e chegou a R$ 3.034. No ano, a alta foi de 3,8%. “No trimestre, esse crescimento foi mais acentuado entre os empregados com carteira no setor privado (2,1%) e os trabalhadores por conta própria com CNPJ (7,6%). Vale ressaltar que na comparação anual nenhuma forma de inserção apresentou queda no rendimento, seja no trabalho formal, seja no informal. Todos registraram variação positiva”, destaca Beringuy.

Seguindo o aumento do rendimento médio, a massa de rendimento alcançou novamente o recorde na série histórica da pesquisa, ao totalizar R$ 300,2 bilhões. O crescimento foi de 3,2% no trimestre e de 4,8% no ano. “O aumento é explicado pela combinação da expansão do número de pessoas inseridas no mercado de trabalho e do aumento do rendimento médio desses trabalhadores”.

SÉRIE HISTÓRICA — Com o aumento da população ocupada, o nível da ocupação — que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — variou 0,4 p.p. frente ao trimestre móvel anterior (57,0%), chegando a 57,4%. Do crescimento de 853 mil pessoas no contingente de ocupados, a maior parte (515 mil) foi absorvida pelo mercado de trabalho como empregado no setor privado com carteira assinada.

Essa categoria foi estimada em 37,7 milhões de trabalhadores, após a alta de 1,4% no trimestre, e chegou ao segundo maior patamar da série histórica da pesquisa. O maior foi registrado no trimestre encerrado em junho de 2014, quando eram 37,8 milhões trabalhando dessa forma. No trimestre encerrado em novembro, “houve a manutenção do trabalho com carteira assinada em expansão, que vem ocorrendo desde 2022. Por outro lado, também observamos o aumento da participação da informalidade, já que a população ocupada informal também cresceu”, destaca a coordenadora.

Parte considerável dos trabalhadores informais, os empregados sem carteira assinada no setor privado somaram 13,4 milhões no trimestre, o maior contingente da série histórica, apesar da estabilidade estatística no trimestre e no ano. “Esse número recorde se deve a essa categoria não ter apresentado recuo desde o trimestre encerrado em maio de 2021”, explica. No trimestre, a taxa de informalidade foi de 39,2% da população ocupada, o que equivale a 39,4 milhões de trabalhadores informais.

MAIS SOBRE A PNAD CONTÍNUA — É o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial.

 

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