O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) realizará mesa técnica para encontrar uma solução para o encerramento das atividades da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder). O pedido foi feito na semana passada, em reunião entre o presidente da Comissão Permanente de Normas Jurisprudência e Consensualismo (CPNJur), conselheiro Valter Albano, e o prefeito do município, Claudio Ferreira.
A empresa pública acumula dívidas de mais de R$ 260 milhões e tem mais de 600 funcionários, um problema que vem ultrapassando gestões. “Nosso dever é realizar essa mesa técnica para estudar o assunto. Mas no mundo inteiro esse modelo não se sustenta mais, é um modelo falido. Para se ter ideia, o Governo do Estado se libertou disso na primeira gestão do governador Dante Oliveira, lá em 1996”, explicou Albano.
De acordo com o prefeito, o objetivo é encontrar uma saída que não prejudique nem a sociedade e nem os trabalhadores da companhia, que deve ser descontinuada. “Ao longo do tempo, o modelo administrativo brasileiro foi se modificando e dificultando cada dia mais a contratação dela. Ela fazer o serviço e faturava para a prefeitura, concorria na iniciativa privada com outras instituições e tinha que vencer isso.”
Na ocasião, o conselheiro explicou que a Corder surgiu nos anos 70, quando a União replicou o modelo em diversos estados e municípios. Contudo, a proposta, que fazia parte de um plano de desenvolvimento nacional, tornou-se obsoleta.
“Garanti ao prefeito que nós vamos realizar essa mesa com seriedade e celeridade, sob a minha liderança, a do relator, conselheiro José Carlos Novelli, e principalmente com a grande liderança do nosso presidente, conselheiro Sérgio Ricardo, que o prefeito conhece bem e sabe o quanto ele coloca energia nesses assuntos para se resolver”, pontuou Valter Albano.
Rondonópolis é o terceiro maior município de Mato Grosso e possui o segundo maior orçamento do estado. A expectativa agora é que, com a contribuição do Tribunal, o município continue a fortalecer sua economia. “É muito importante a gente ser acolhido pelo TCE, principalmente nessas situações críticas, que envolvem pessoas e a economia local”, concluiu Claudio Ferreira.
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