Quem está planejando financiar a casa própria deve se apressar: os próximos meses devem ser os últimos com taxas mais atrativas. Com a Selic (hoje em 7,75% ao ano) em tendência de alta, os juros do crédito imobiliário devem voltar aos dois dígitos nos próximos meses.
Para ajudar no processo de decisão, o g1 elaborou um guia com as principais dúvidas que os brasileiros costumam ter na hora de comprar um imóvel. Veja abaixo:
"O mercado de imóveis usados é cinco vezes maior do que o de novos, mas a escolha depende sempre da necessidade do cliente", afirma Gustavo Vaz, CEO da startup EmCasa. Se o comprador quiser personalizar o imóvel, ampliando ou reduzindo cômodos, por exemplo, o novo costuma ser a melhor opção.
Em termos financeiros, o imóvel novo exige mais atenção do comprador porque ele só pode financiar a unidade junto ao banco quando pega o Habite-se — documento que atesta que a residência foi construída de acordo com as normas estabelecidas pela prefeitura local. Ou seja, que é liberado após a conclusão da obra. Antes disso, em geral, os pagamentos são feitos diretamente à construtora, ou seja, não têm a intermediação de uma instituição financeira.
Com isso, a taxa de juros do financiamento que será feito no momento da entrega utiliza como base a Selic daquela data e a renda do comprador naquele momento, não a que tinha quando fechou o contrato. Assim, quem comprar um imóvel na planta agora pode ter que pagar juros mais altos quando for fazer o financiamento junto ao banco.
Sim. No entanto, com o crescimento do trabalho remoto após a pandemia da Covid-19, morar ao lado do trabalho deixou de ser prioridade na hora de comprar a casa própria. Para quem busca imóveis maiores a um um custo mais vantajoso, uma boa opção é ampliar o raio de distância dos centros e considerar também as regiões metropolitanas, como o ABC Paulista, no caso de São Paulo.
Os grandes centros não deixaram de ser valorizados, explica Vaz, uma vez que reúnem também restaurantes, bares e espaços de lazer. A dica, neste caso, é ter fácil acesso a esses bairros, por meio de rodovias e do sistema de transporte público.
"Como o preço do metro quadrado [fora dos grandes centros] é menor, as pessoas conseguem comprar imóveis com uma metragem maior. Mas há um limite: quando a distância é grande demais do ponto de vista do trabalho e do convívio social, a mudança raramente é feita", ponderou Vaz.
A quantidade de cômodos em um imóvel varia conforme a necessidade do cliente. Mas, com a maior adesão das empresas ao home office, os brasileiros estão buscando imóveis com um dormitório extra para montar um escritório, indicam os especialistas.
As casas nunca deixaram de ser atrativas e contam com uma diversidade de modelos, como sobrados, em vilas e em condomínios, afirma Gustavo Vaz, CEO da startup EmCasa. Elas têm a vantagem da maior privacidade e, na maioria das vezes, não incluem custos condominiais (exceto as de condomínio). O ponto fraco está na menor segurança.
Os apartamentos em condomínio clube, por sua vez, oferecem lazer completo para adultos e crianças. E como foram construídos recentemente, costumam ser mais eficientes em termos financeiros para que os custos sejam divididos entre as torres e o valor final não se torne inviável para os condôminos, disse Vaz. Ainda assim, o preço do condomínio acaba sendo uma desvantagem para alguns clientes.
A decisão varia de acordo com as prioridades, renda e preferências do comprador.
De acordo com Kristian Huber, cofundador da Loft, é possível saber a situação legal do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis onde ele foi matriculado. De lá, sairá a Certidão de Ônus Reais, documento que descreve as principais pendências financeiras da propriedade.
O ideal é que os próprios vendedores ofereçam esses documentos, mas os interessados também podem obtê-los por conta própria no cartório.
Além de dívidas do imóvel, os compradores também precisam se atentar a possíveis débitos de condomínio, com as administradoras, e de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com a prefeitura local.
Sim. O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é um direito do trabalhador contratado sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Para utilizar o fundo, é preciso:
O imóvel também precisa:
Além do valor do imóvel em si, o comprador precisa se preparar para arcar com gastos extras durante a compra do imóvel. Impostos e despesas cartorárias giram em torno de 4% a 8% do valor do imóvel, afirmam os especialistas.
São elas:
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