
Mato Grosso saltou oito posições no ranking nacional de Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre 2002 e 2023 e agora ocupa o 3º lugar do país, atrás apenas do Distrito Federal e de São Paulo. A renda por habitante do estado chegou a R$ 74.620,05 em 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (14).
O avanço consolida Mato Grosso como uma das economias mais dinâmicas do Brasil. Nos últimos 20 anos, o estado foi a unidade da federação que mais cresceu, com média de 5,2% ao ano, superando todas as demais.
Em 2023, a economia mato-grossense chegou a R$ 273 bilhões, com crescimento de 12,9%, a terceira maior variação do país, atrás apenas do Acre (14,7%) e de Mato Grosso do Sul (13,4%). Na composição nacional, o estado passou a representar 2,5% do PIB brasileiro, o maior ganho de participação entre 2002 e 2023.
Indicadores do Produto Interno Bruto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
R$ 273 bi
PIB total
Valor da economia mato-grossense em 2023, com uma das maiores altas do país.
12,9%
Crescimento em 2023
Variação em volume do PIB, bem acima da média brasileira e entre as maiores do Brasil.
R$ 74,6 mil
PIB per capita
Renda por habitante em 2023, colocando Mato Grosso no 3º lugar do país.
Composição do PIB de Mato Grosso
Agropecuária
33,6%
Serviços
51,5%
Indústria
14,8%
Destaque em 20 anos
Entre 2002 e 2023, Mato Grosso teve o maior crescimento médio do país, com avanço anual de 5,2% e ganho de participação no PIB brasileiro.
Esses dados também fazem parte das Contas Regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A composição do PIB mostra o peso estrutural do agronegócio: 33,6% de toda a economia de Mato Grosso vem da agropecuária, a maior participação entre todos os estados brasileiros. A produção de soja foi decisiva para o resultado.
Renda por habitante segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Distrito Federal
129.790,44
São Paulo
77.566,27
Mato Grosso
74.620,05
Rio de Janeiro
73.052,55
Santa Catarina
67.459,74
Mato Grosso do Sul
66.884,75
Rio Grande do Sul
59.736,20
Paraná
58.624,33
Espírito Santo
54.732,78
Rondônia
48.353,38
Goiás
47.721,56
Minas Gerais
47.321,23
Tocantins
42.553,36
Amazonas
41.047,91
Roraima
39.460,54
Amapá
38.187,09
Acre
31.675,60
Pará
31.347,59
Rio Grande do Norte
30.804,91
Bahia
30.476,54
Pernambuco
29.857,27
Alagoas
28.675,84
Sergipe
27.518,80
Ceará
26.405,96
Piauí
24.736,15
Paraíba
24.395,17
Maranhão
22.020,63
O setor de serviços, porém, é o maior componente da economia estadual, respondendo por 51,5% do PIB, com destaque para comércio e reparação de veículos. Já a indústria representa 14,8%, puxada pela indústria de transformação.
Enquanto o Brasil cresceu, em média, 2,2% ao ano desde 2002, Mato Grosso avançou mais que o dobro disso. Em 2023, o país cresceu 3,2%, mas o estado avançou quatro vezes mais.
Esse desempenho sustentado explica o salto no ranking de renda por habitante: de 11º lugar em 2002 para 3º maior PIB per capita do Brasil em 2023, ultrapassando estados historicamente mais ricos, como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
Valores em milhões de reais (R$), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
São Paulo
3.444.814
Rio de Janeiro
1.172.871
Minas Gerais
971.978
Rio Grande do Sul
650.107
Paraná
670.919
Bahia
430.988
Distrito Federal
365.669
Goiás
336.747
Mato Grosso
273.009
Pernambuco
270.475
Pará
254.547
Espírito Santo
209.830
Mato Grosso do Sul
184.402
Amazonas
161.795
Paraíba
86.909
Maranhão
80.917
Rondônia
76.456
Piauí
32.239
Acre
26.291
Roraima
25.125
Amapá
154.876
Tocantins
64.318
Entre os fatores que explicam o desempenho mato-grossense estão a expansão da fronteira agrícola; produtividade crescente no cultivo de soja; fortalecimento das cadeias de proteína animal e da agroindústria; crescimento gradual do setor de serviços e economia crescendo mais rapidamente que a população.
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