Favorecida pela queda nas importações de combustíveis e pelo escoamento recorde da safra de grãos, a balança comercial fechou setembro com superávit de US$ 8,9 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No acumulado de janeiro a setembro de 2023 o superávit comercial chega a US$ 71,3 bilhões, uma patamar também recorde.
Os dados oficiais indicam que as exportações somaram US$ 253 bilhões no acumulado deste ano — aumento, pela média diária, de 0,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 181,7 bilhões — queda de 11,3%.
De acordo com o MDIC, a previsão para o ano de 2023 é otimista, com saldo projetado de US$ 93 bilhões, valor também inédito, com exportação de US$ 334 bi e importação de US$ 241 bi. Com isso, a corrente de comércio deverá atingir US$ 575 bilhões.
“É uma notícia triplamente positiva. O comércio exterior ajuda o Brasil a crescer, a inovar e a gerar mais empregos, afirmou Geraldo Alckmin, titular do MDIC e vice-presidente da República, em suas redes sociais.
"As previsões de resultados comerciais superavitários recordes para 2023 são positivas porque reforçam a trajetória ascendente do PIB brasileiro e ratificam a vantagem e o potencial brasileiro no setor agropecuário", afirma o bacharel em economia Matheus Alencastro.
Segundo o economista, entende-se que o país está conquistando espaço no mercado internacional apesar da adversidade provocada pela guerra da Ucrânia. Ele ressalta que o aumento da exportação de produtos primários reforça o papel extrativista de economias do sul global e que é importante o país seguir a trilha da reindustralização e da busca por inovação e diversidade em áreas de maior complexidade tecnológica na matriz produtiva.
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES - Nas exportações, a safra recorde de grãos e o aumento da produção de petróleo compensaram a queda internacional de algumas commodities. Os principais produtos exportados ao longo do ano foram:
» Soja: US$ 45,61 bilhões, com aumento de 10,5% sobre o mesmo período do ano passado
» Óleos brutos de petróleo: US$ 29,68 bilhões, com queda de 2,2%
» Minério de ferro: US$ 21,64 bilhões, com queda de 5,4%
» Açúcares e melaços: US$ 10,19 bilhões, com alta de 38,8%
» Farelos de soja: US$ 9,29 bilhões, com elevação de 9,1%.
Do lado das importações, o recuo no preço do petróleo e de derivados foi o principal responsável pela retração. A conjuntura de queda nas importações foi influenciada pela queda das compras dos seguintes produtos: trigo e centeio (-36,8%); látex (-43,8%); carvão (-31,4%); adubos e fertilizantes químicos (-47,4%).
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