O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), negou que haja um descontentamento com o comportamento do presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), dias depois de vir à tona uma entrevista em que admitia o rompimento com o colega.
Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da TV Cidade Verde, Botelho afirmou que Russi foi eleito para defender os interesses do Parlamento e que não deveria focar seus esforços em cooptar aliados visando às eleições de 2022.
Ao MidiaNews, nesta quinta-feira (06), Botelho afirmou que não há “relação estremecida” com Russi, mas sim um alerta para que ele não mudasse de postura.
“Não foi uma crítica, foi uma fala sobre o que um presidente deve fazer. Ele começou agora, ainda nem teve tempo para mostrar ainda o que está fazendo”, disse.
“Eu fiz uma colocação de que se ele mudar de postura, eu irei mudar [minha relação] com ele. Mas por enquanto, não. Eu disse que ele não pode deixar a vaidade ser maior que a função dele”, completou.
Botelho ainda elogiou a condução que Russi tem dado ao Parlamento e afirmou que a parceria mantida quando ambos ocupavam cargos opostos segue em bons termos.
“Nós já vínhamos trabalhando, ele como primeiro secretário e eu como presidente. A nossa relação era boa e continua assim. Em relação à administração, ao Parlamento, não tem nada de descontentamento com ele. Está indo muito bem”, concluiu.
"Invasão" de território
Conforme Botelho, houve uma insatisfação recente dentro da Casa em relação a pessoas que trabalham para Max Russi e que estariam “invadindo” a base eleitoral dos demais parlamentares.
A situação, segundo o democrata, foi exposta ao presidente, que prometeu “corrigir a situação”.
“Não há um descontentamento com o Max. Houve uma reclamação da assessoria dele, que fica buscando gente que apoia outros deputados, cooptando-os para o Max, interferindo na base eleitoral do outro. Isso não pode ocorrer”, afirmou.
“Não pode usar o cargo de presidente para tirar gente que está apoiando outros deputados. Conversei com ele, que disse que ia atrás dessa informação, mandar parar e orientar o pessoal dele a não fazer cooptação de gente ligada a outros deputados. E para mim acabou, não vamos mais discutir isso”, disse.
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