O Brasil fechou o ano de 2023 com um total de 1,48 milhão de vagas de emprego com carteira assinada. O número é resultado de 23,2 milhões de admissões e 21,7 milhões de desligamentos, um crescimento de +3,5% nos cinco grandes grupamentos econômicos e nas 27 Unidades da Federação. Os dados do Novo Caged foram divulgados nesta terça-feira (30/1) pelo Ministério do Trabalho e Emprego e demonstram que o estoque, ou seja, o total de pessoas trabalhando com empregos formais no país, alcançou 43,9 milhões de postos de trabalho no ano.
O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 886.256 postos de trabalho (+4,4%), com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (380.752) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (204.859).
O segundo maior crescimento ocorreu no setor de Comércio, com saldo de 276.528 postos de trabalho (+2,9%), explicado pela forte aceleração do setor no quarto trimestre, tendo o Comércio Varejista de Mercadorias gerado 39.042 vagas e Minimercados 13.967, além do Comércio de Combustíveis para veículos que gerou 15.002 postos no ano.
A Construção Civil, com um saldo de 158.940 (+6,6%), ficou em terceiro, seguido pela Indústria, que gerou 127.145 postos de trabalho (+1,5%) e a Agropecuária com 34.762 postos de trabalho (+2,1%) gerados no ano.
Principais dados de geração de emprego com carteira assinada no país em 2023
ESTADOS – Nas 27 Unidades Federativas ocorreram saldos positivos, com destaque para São Paulo (390.719 postos, +3%), Rio de Janeiro (160.570 postos, +4,7%) e Minas Gerais (140.836 postos, +3,2%). Nas regiões, as maiores gerações ocorreram no Sudeste, (726.327), Nordeste (298.188) e Sul (197.659). O maior crescimento, porém, foi verificado no Norte, 5,2%, com geração de 106.375 postos no ano.
GRUPOS - Os resultados mostram ainda que a geração de empregos foi maior entre os homens (840.740 postos) do que entre as mulheres (642.892 postos). Para a população com Deficiência, o saldo foi de 6.388 postos de trabalho, um crescimento de 40,1% em relação a 2022, mostrando o resultado das ações de inclusão.
No quesito raça/cor houve uma grande evolução do número de declarações preenchidas ao longo de 2023. A maior geração de vagas no ano foi para pardos (+682.072), seguido por pretos (+136.934), brancos (+135.441), amarelos (+42.391) e indígenas (+1.539).
SALÁRIO - O salário médio real de admissão em dezembro foi de R$2.026,33, apresentando estabilidade com leve redução de R$ 6,52 quando comparado com o valor corrigido de novembro (R$2.032,85). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$40,17 (+2,0%).
SAZONAL - Em dezembro, mês que sazonalmente é de mais demissões do que contratações, o saldo nacional foi negativo em 430 mil postos, resultante de 1,5 milhão de admissões e 1,93 desligamentos. A variação foi negativa nas 27 Unidades Federativas.
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