A movimentação portuária no Brasil atingiu um novo recorde em 2024, com um total de 1,32 bilhão de toneladas, o que representa um crescimento de 1,18% em relação ao ano anterior. Os portos públicos tiveram o melhor desempenho desde o início do levantamento, com um aumento de 5,13% e um total de 474,4 milhões de toneladas movimentadas. Os portos de Santos (SP), Itaguaí (RJ) e Paranaguá (PR) foram os que mais se destacaram, com altas de 2,05%, 8,78% e 1,65%, respectivamente.
O resultado histórico é reflexo de investimentos estratégicos em modernização, eficiência e sustentabilidade dos portos. Em 2024, foram investidos mais de R$1 bilhão na modernização e expansão da infraestrutura portuária, e a expectativa para este ano é de R$1,7 bilhão. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os números comprovam o compromisso do Governo Federal em fortalecer a competitividade do setor.
Durante cerimônia na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para divulgação dos dados sobre a movimentação portuária, o ministro ressaltou o esforço governamental para promover a desburocratização dos processos, citando a implementação do programa Navegue Simples, que garante maior eficiência e transparência na tramitação de documentos. Costa Filho também enfatizou o papel estratégico da iniciativa privada no crescimento econômico, mencionando que, apenas em 2024, foram realizados oito leilões, atraindo mais de R$3,74 bilhões em investimentos.
O ministro abordou, ainda, o anúncio, previsto para o próximo dia 27, da concessão do Túnel Santos-Guarujá, uma obra que há quase um século foi imaginada e vai sair do papel nesta gestão. Os investimentos serão de R$6 bilhões, divididos entre os governos federal e estadual. "O Brasil precisa de convergência, unidade, trabalho conjunto e ações integradas entre o Governo Federal e os governos estaduais. Isso é fundamental para o desenvolvimento do país”, disse.
CONTÊINERES — A carga conteinerizada foi destaque em 2024, com crescimento de 20% e 153,33 milhões de toneladas movimentadas nos portos do país. Das cargas movimentadas em contêineres, o maior fluxo veio dos segmentos de plásticos, produtos químicos orgânicos e ferro e aço, segundo os dados da Antaq.
PRODUTOS — Entre os destaques percentuais das mercadorias movimentadas estão o trigo, com crescimento de 39,51% (9,03 milhões de toneladas de cargas); o gás de petróleo, com alta de 35,31% (5,29 milhões de toneladas de cargas); e os combustíveis, óleos e produtos minerais, com aumento de 23,63% (4,06 milhões de toneladas de cargas).
Como 95% das exportações brasileiras passam pelos portos, o volume superior de movimentação nos últimos seis anos se reflete nos ganhos da balança comercial, que atingiu o segundo maior resultado da série histórica em 2024, com superávit de US$74,5 bilhões.
PRIVADOS — Os terminais autorizados, que apresentaram resultado constante frente a 2023, atingiram a movimentação de 845,98 milhões de toneladas de cargas. Na categoria, o maior desempenho foi o do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA), com 175,98 milhões de toneladas e crescimento de 5,68%.
Já o Porto de Itapoá Terminais Portuários (SC) teve destaque percentual entre os 20 terminais de uso privado que mais movimentaram no ano, com o crescimento de 16,03% e 13,61 milhão de toneladas de cargas.
INTERIOR — As secas que assolaram parte do país em 2024 tiveram impacto na navegação interior, que apresentou uma queda de 4,7%, chegando a transportar 115,34 milhões de toneladas de cargas, e impactos nas operações nas hidrovias do Paraguai e do Amazonas. No Rio Paraguai, a hidrovia movimentou 3,3 milhões de toneladas, 58,24% a menos do que no ano passado.
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