Cuiabá cria Plano de Mobilidade Urbana colocando em primeiro lugar o deslocamento das pessoas na capital, com o objetivo de desenvolver relações sociais e econômicas. Este plano vai nortear o desenvolvimento de todos os modais de transportes até 2030 e é resultado de mais de 50 audiências públicas, consultas presenciais e digitais com a população, além de encontros técnicos. A coleta de informações a campo para elaboração do projeto começou em 2021, onde o "Consórcio Cuiabá em Movimento", formado pelas empresas EGL Engenharia LTDA e GPO Sistran LTDA, em conjunto com a própria Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) realizaram pesquisas ouvindo ciclistas, pedestres, Pessoas Com Deficiência (PCDs) motoristas, motociclistas e outros.
Na prática, o documento reúne diretrizes para melhorar a forma de ir e vir das pessoas e também o deslocamento da cidade de forma sustentável. Além do mais, o projeto é obrigatório para cidades que possuem mais de 250 mil habitantes, conforme exigências do Ministério das Cidades e também da Lei 12.587/2012.
A secretária de mobilidade urbana destacou que o plano faz parte das comemorações dos 305 de Cuiabá, celebrado no dia 08 de abril, próxima segunda-feira. No entanto que na quinta-feira (04), ela acompanhou o prefeito Emanuel Pinheiro na entrega oficial do documento ao presidente da Câmara Municipal, Chico 2000. Agora, o projeto segue em trâmite para apreciação e aprovação dos vereadores.
Na audiência com o presidente do Legislativo, Zamproni disse que foi ressaltado que Cuiabá é uma cidade antiga, construída sem planejamento e precisa de intervenções viárias para poder se deslocar, principalmente de forma coletiva no sentido de melhorar a qualidade de vida da população e diminuir o tempo de origem e destino dos transeuntes.
Qual importância da aprovação do plano?
De acordo com Zamproni, o plano é essencial para o desenvolvimento urbano, pois permite que as cidades atendam às necessidades de seus habitantes de forma eficiente e sustentável, garantido inclusive viabilidade de recursos do Ministério das Cidades para a infraestrutura, como por exemplo, um novo viaduto, uma nova trincheira, um novo modal e tantas outros recursos.
Mas independentemente de aprovação, a secretária disse que Emanuel Pinheiro já vem executando boa parte do plano de mobilidade e citou como exemplos, os dois viadutos, José Maria Barbosa (Juca do Guaraná Pai), na Avenida das Torres e o Murilo Domingos, na avenida Beira Rio. E também implantações de estações climatizadas de ônibus, pontos de ônibus sustentáveis com bibliotecas, compra de ônibus novos com 75% da frota já climatizada, reformas de passarelas, investimentos em ciclovias/ciclofaixas. E ainda, três obras estruturantes na Avenida Miguel Sutil, sendo um viaduto na rotatória de acesso do Centro de Eventos do Pantanal, no trevo do Santa Rosa, ligando as avenidas Lava-Pés e Antártica e o Contorno Leste, considerada a maior obra de mobilidade urbana da capital e que é construída pela gestão Emanuel Pinheiro. A via contará com 17,3 km, pista dupla e iluminação toda em led. Vau beneficiar diretamente mais de 50 bairros, 250 mil pessoas.
“Então, nós já estamos colocando o plano em ação. E não podemos deixar de citar como obras deste plano, o Contorno Leste que é uma intervenção viária de mobilidade urbana, que mostra o quanto estamos preocupados com o cidadão que mora distante do seu centro e vai poder chegar com rapidez ao destino”, concluiu a gestora da Semob.
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