ECONOMIA

Desemprego recua para 7,1%, menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2014

Por Secom Gov.BR
Publicado em 29-06-2024 às 09:32hrs
PNAD Contínua, do IBGE, também indica que a população ocupada – o total de trabalhadores do país – atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012: agora são 101,3 milhões de trabalhadores, 2,9 milhões de pessoas a mais em um ano

No trimestre encerrado em maio de 2024, a taxa de desemprego recuou 0,7 ponto percentual frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2024 (7,8%) e chegou a 7,1%. Na comparação com o mesmo trimestre de 2023 (8,3%), houve recuo de 1,2 ponto percentual. Com isso, a taxa de desemprego é a menor para um trimestre encerrado em maio desde 2014 (7,1%).

Investimento é importante porque gera empregos, o emprego gera salário, o salário gera consumo, o consumo gera comércio, o comércio gera mais emprego, que gera mais salário, que gera mais consumo"

Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista à rádio O Tempo, de Minas Gerais, nesta sexta

Os dados São da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada nesta sexta-feira (28/6) pelo IBGE. O estudo também indica que a população ocupada – o total de trabalhadores do país – atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012: 101,3 milhões, com altas em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano.

A população desocupada – aqueles que não tinham trabalho e buscaram por uma ocupação no período de referência da pesquisa – também diminuiu nas duas comparações: -8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e -13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano. Assim, esse contingente chegou a 7,8 milhões, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Em entrevista à rádio O Tempo, de Minas Gerais, na manhã desta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre o momento da economia brasileira, pautado pela retomada de investimentos públicos e privados, em especial em torno do Novo PAC, que prevê R$ 1,7 trilhão em obras de infraestrutura.

"Quando as pessoas falam dos investimentos, eu queria dizer a vocês que esse investimento é importante porque gera empregos, o emprego gera salário, o salário gera consumo, o consumo gera comércio, o comércio gera mais emprego, que gera mais salário, que gera mais consumo", disse.

Taxa de 7,1% no trimestre é a menor desde 2014

CRESCIMENTO CONTÍNUO - Os contingentes de trabalhadores com carteira (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também foram recordes da série histórica, além do total de empregados no setor privado (52,0 milhões). Já a população fora da força de trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,8 milhões. “O crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de contingentes. Além disso, há um fator sazonal no crescimento do grupamento de atividades administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, afirmou a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

RENDIMENTO MÉDIO - O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi de R$ 3.181, sem variação significativa no trimestre e crescendo 5,6% na comparação anual. Com as altas do rendimento e da ocupação, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 317,9 bilhões, novo recorde da série histórica, subindo 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano. “A massa de rendimentos tem se mantido em patamares elevados devido aos recordes da população ocupada”, completou Beringuy.

 

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