O deputado federal Neri Geller (PP) fez uma escolha e firmou parceria com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), nesta corrida eleitoral. O emedebista havia exigido rompimento oficial do progressista com o governador Mauro Mendes (União) para então declarar apoio à pré-candidatura do parlamentar ao Senado. Em reunião no início da noite desta sexta-feira (8), no Palácio Alencastro, eles deram as mãos e ficou definido que Emanuel assume a coordenação da pré-campanha de Neri Geller ao Senado Federal na Baixada Cuiabana.
Emanuel, na manhã desta sexta, disse que Neri tinha até às 18h para romper com Mauro, caso contrário não apoiaria a pré-candidatura do parlamentar. A encurralada decorreu do comunicado feito pelo deputado à imprensa na noite dessa quinta (7) após reunião com o governador, dizendo que não ficou sacramentando nenhum rompimento, mas, sim, um diálogo ainda em busca de aliança.
De início, o silêncio de Neri pareceu ter sinalizado a escolha dele, ou seja, permaneceria ao lado de Mauro. No entanto, o que se seguiu foi um encontro na sede da Prefeitura de Cuiabá para deliberar sobre a situação.
Além disso, a reunião contou com a presença do ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, correligionário de Emanuel, e um dos nomes aventados para encabeçar a disputa pelo Governo do Estado, numa eventual candidatura própria do MDB. Emanuel lidera a ala dos descontentes do MDB em ser base de Mauro e luta para projetar essa candidatura.
“Nós estamos terminando uma reunião de trabalho, de ampla articulação política para as eleições deste ano, com o projeto do Lula presidente, Neri Geller senador, até a possibilidade do Percival, que sou eu, candidato a governador. Mas está aberto ainda porque eu não tenho ainda o aval total do MBD, isso pode vir ou pode não vir. Mas nós já estamos discutindo também outras alternativas. O importante é que o grupo está fechado, robustecido. O Neri está fazendo um trabalho de trazer mais lideranças de lá, e ele é competente para isso. O Emanuel que está coordenando isso tudo está juntando outros partidos também. A federação nos deu carta branca para fazer a articulação, incondicionalmente em cima do nome do Lula presidente e nós vamos fazer isso”, disse Percival.
A foto divulgada após o encontro é simbólica, Neri, Percival e Emanuel de mãos seladas.
A tendência agora é que o MDB, que enfrenta um racha há tempos, libere os correligionários para apoiar quem quiserem.
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