O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo revelou que, caso a Prefeitura de Cuiabá consiga angariar o prédio do Hospital Estadual Santa Casa, o governo do Estado poderá auxiliar na doação de equipamentos já utilizados na unidade ao município.
“Caso isso ocorra, o governo do Estado poderá, inclusive, auxiliar na doação de maioria dos equipamentos que lá tem”, declarou o gestor à imprensa na tarde de quinta-feira (21).
O prefeito Abilio Brunini (PL) já revelou que está analisando a possibilidade de comprar a unidade por R$ 25 milhões. As tratativas estão sendo feitas junto ao Tribunal de Regional de Justiça do Trabalho (TRT-MT), responsável pela gestão do passivo da antiga Santa Casa de Misericórdia.
Com a entrega do Hospital Central prevista para agosto deste ano, Gilberto argumentou que o desejo do governo é fechar as portas da unidade gerida pelo Estado desde 2019.
“Ele é um hospital que está preparado e equipado para funcionar como um hospital. É um dos que mais produz no Estado, mesmo com as deficiências de caráter estrutural. (...) O governo de Estado devolve, porque não é um patrimônio do governo do Estado, é uma requisição administrativa que se encerra a partir do momento que nós inaugurarmos o Hospital Central”, reforçou o secretário.
Com a “saída de cena” do governo, Brunini tentará manter a unidade, caso obtenha sucesso com as tratativas no TRT. O Objetivo do prefeito é levar o Hospital São Benedito para o prédio, visto que, segundo o liberal, a prefeitura desembolsa R$ 200 mil mensais em aluguel para manter a unidade funcionando no local atual.
Vale lembrar que em meio ao crescimento de casos de chikungunya em Cuiabá e na região metropolitana da capital, a Santa Casa tem “desafogado” o trânsito de pacientes entre as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas do município, em especial com a oferta de atendimento pediátrico.
Gerência da Santa Casa
Até 2019, o hospital atuava como unidade filantrópica, no entanto, em meio à crise, a unidade chegou a fechar as portas. Momento em que o governo estadual requisitou administrativamente os bens do local.
Na época, cerca de 800 funcionários do hospital estavam com seis salários em atraso. Montante que, de acordo com levantamento do Tribunal Regional de Trabalho, feito em janeiro de 2025, está em R$ 52 milhões.
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