Em Mato Grosso, até abril deste ano, existiam pelo menos 139.207 famílias em situação de extrema pobreza, um número 21,3% maior que em 2018, quando eram 114,734 mil famílias nessa condição.
A estimativa é que cada família tenha pelo menos três pessoas, o que significa que pelo menos 398 mil pessoas em Mato Grosso estão recebendo menos de R$ 150 por mês, conforme parâmetro estabelecido pelo IBGE, para classificar extrema pobreza.
Sabe quanto está custando a cesta básica em Cuiabá? De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em junho, os principais produtos que compõem a alimentação do brasileiro estavam custando R$ 605,28.
Esses dados servem para nos alertar: existe alguém perto de você que pode estar passando fome.
E o que podemos fazer parar melhorar esse cenário?
Este é um questionamento que faço sempre, porque corremos o risco de diante de uma situação como essa nos conformar que a realidade é essa mesma e que não terá solução. Ou podemos também pensar que cabe apenas aos poderes públicos criar iniciativas para combater a miséria.
Em suma, de fato, o problema da miséria é macropolítico e econômico, e exige políticas públicas para combate-lo de forma eficaz, mas não podemos parar por aí. Fazer a nossa parte é fundamental.
Uma das formas de contribuirmos com a redução da miséria é escolher políticos que estejam comprometidos com essa causa, não apenas no discurso, também em ações, com histórico de contribuição.
Não estou me referindo a atitudes paternalistas ou populistas, e sim a ações sociais que tenham transformado a vida das pessoas.
Outra forma de combater a miséria é com a caridade, distribuindo alimentos a quem tem fome, roupas a quem tem frio, acolhendo quem está perdido.
Obviamente que uma ação isolada pode não causar tanto impacto nas estatísticas, contudo, pode alimentar quem está morrendo de fome.
Também devemos combater a fome evitando o desperdício. Comprar o essencial, ter consciência ecológica e humanitária é fundamental para darmos o primeiro passo rumo a uma sociedade mais igualitária e onde possa existir alimento na mesa de todos.
*Katiuscia Manteli é jornalista, secretária de Serviços Legislativos na ALMT e presidente da Associação Amar MT (@amarmt)
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