As inundações e deslizamentos que atingem grande parte do Rio Grande do Sul em função das fortes chuvas no estado mobilizam um efetivo de quase mil militares das Forças Armadas e já resultaram em 9.749 resgates na região. São 7.007 ações terrestres, 2.340 fluviais e 402 aéreas
A operação, batizada de Taquari 2, envolve 29 helicópteros, quatro aeronaves, 866 viaturas e 182 embarcações, além de 85 equipamentos de engenharia, levando em conta Exército, Marinha, Aeronáutica e agências parceiras, num efetivo de quase 900 pessoas.
“A situação é crítica. Mais de 200 pessoas já foram resgatadas só pela Força Aérea Brasileira em mais de 36 horas de voo”, explicou o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
A lista de atividades logísticas da operação contabiliza ainda 31 voos para transporte de materiais, 520 transportes terrestres de pessoas, 29 transportes terrestres de materiais de 69 ações de evacuação de pessoas.
COMANDO - Paulo Pimenta desembarcou neste sábado com o ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) para instalar o Comando Operacional do Governo Federal em Porto Alegre. A primeira reunião ocorreu na sede da Federação da Associação de Municípios do Rio Grande do Sul. A intenção é coordenar as ações integradas e agilizar o auxílio humanitário. Além dos ministros, participam do comando o Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, e o Comandante do Comando Militar do Sul, General Hertz Pires Nascimento. "Nosso foco total agora é salvar vidas e levar água e alimentos para quem está precisando", resumiu Pimenta.
A dificuldade de acesso a regiões afetadas torna a situação mais crítica e exige criteriosa priorização do emprego dos meios. Diversas cidades estão isoladas, do mesmo modo que vias de acesso estão bloqueados por queda de pontes, desmoronamento de barrancos e transbordamento de rios e lagos sobre as rodovias.
Em contrapartida, os militares contam com a experiência adquirida nas enchentes de 2023 na mesma região. As tropas foram pré-posicionadas em condições de permanecer sem renovação de suprimento por cinco dias, com material para recolhimento de entulhos e busca em desabamentos. Meios de transporte foram deslocados permitindo flexibilidade para resgates com embarcações, caminhões e helicópteros.
POLÍCIA RODOVIÁRIA - A Polícia Rodoviária Federal também apresentou neste sábado um balanço das interdições e das atuações do órgão nas estradas do Rio Grande do Sul. Segundo a PRF, são 62 interdições ativas, das quais 57 totais e cinco parciais. Outras 27 interdições já foram encerradas. O efetivo conta com 210 profissionais, com reforço previsto de outros 68 nas sedes de Lajeado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Santa Maria. O órgão classifica a movimentação dos profissionais como sendo de extrema dificuldade em razão dos pontos bloqueados.
A logística das operações emprega 20 viaturas e três aeronaves. O helicóptero AW 119 Koala está em operação em Porto Alegre, enquanto o modelo Bell 407 encontra-se na Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal em Florianópolis (SC) aguardando melhora das condições metereológicas na rota. Um terceiro helicóptero AW 119 Koala decolou de Belo Horizonte (MG), pernoitou em Curitiba (PR) para reabastecer e deve chegar hoje a Porto Alegre. As equipes trabalham ininterruptamente em apoio à população atingida em todo o estado.
DOAÇÕES FAB - A Força Aérea Brasileira deu início a uma campanha de coleta de donativos para vítimas das enchentes. Além de receber o material – inicialmente roupas, colchonetes, água potável e gêneros alimentícios não-perecíveis – a FAB realizará a distribuição em coordenação com o Comando Conjunto Ativado para a Operação Taquari II.
ONDE DOAR
Base Aérea de Brasília (Área Militar do Aeroporto Internacional de Brasília), das 8h às 18h.
Base Aérea de São Paulo (Portão G1 - Av. Monteiro Lobato, 6365 - Guarulhos - SP ou Portão G3 (Acesso pelo Aeroporto), das 8h às 18h.
Base Aérea do Galeão (Estrada do Galeão S/N), das 8h às 18h.
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