Nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, o Governo Federal iniciou uma campanha de mobilização contra a dengue nas escolas públicas do país. A parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação em torno do programa Saúde na Escola vai orientar 25 milhões de estudantes em mais de 102 mil instituições públicas. O objetivo é incentivar a adesão d os colégios em ações de prevenção não apenas no ambiente escolar, mas nas comunidades vizinhas.
Cada um de vocês aqui, na escola, em casa, terá papel fundamental. Vocês vão ser agentes na escola, no bairro de vocês, nas famílias. Não podemos perder essa batalha”
Nísia Trindade, ministra da Saúde
“O que nós precisamos fazer é mostrar que somos capazes de enfrentar esse desafio e vencer com essa grande mobilização nacional”, afirmou a ministra Nísia Trindade (Saúde). “Cada um de vocês aqui, na escola, em casa, terá papel fundamental. Vocês vão ser agentes na escola, no bairro de vocês, nas famílias. Não podemos perder essa batalha.”
MOBILIZAÇÃO – Serão 20 semanas de atividades e engajamento das comunidades escolares conectadas ao programa Saúde na Escola. Haverá atividades lúdicas para sensibilização, gincanas, teatro, oficinas criativas, palestras, murais da prevenção e concursos para engajar crianças, adolescentes e jovens no combate à dengue.
O programa vai divulgar guias, podcasts, vídeos com participação de integrantes das comunidades escolares e lives com especialistas para mobilizar toda a população ao enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti.
“É importante lembrar que 75% dos focos estão nas nossas casas ou nos arredores. A maneira que temos de enfrentar o problema é a prevenção, em pequenas ações”, afirmou o ministro Camilo Santana (Educação). “A maior ação que podemos fazer é prevenir, evitar focos e a proliferação do mosquito para garantir saúde às pessoas”, completou.
NOTA DEZ - O lançamento da campanha ocorreu na Escola Classe Juscelino Kubitschek, na região do Sol Nascente, na capital federal. A capital federal tem o maior número de casos por 100 mil habitantes do país. A região escolhida está entre as que apresentam o maior número de registros. No início do mês, o Ministério da Saúde iniciou, também pela capital federal, a estratégia de vacinação em crianças de 10 a 11 anos.
"Não pode deixar a água parada, nem a caixa d' água aberta, precisa virar as garrafas e várias outras coisas. A gente tem que também tomar cuidado e sempre ficar passando repelente"
Kalliny Lalu, de 9 anos
Se os cuidados de prevenção caíssem em uma prova, a estudante Kalliny Lalu, de 9 anos, tiraria nota dez. "Não pode deixar a água parada, nem a caixa d' água aberta, precisa virar as garrafas e várias outras coisas. A gente tem que também tomar cuidado e sempre ficar passando repelente", ensinou a estudante.
A estudante Letícia Raquel, de 10 anos, já tomou a vacina e mandou recado para as demais crianças da mesma faixa etária. "É muito tranquilo, não dói nada e é super de boa. As pessoas que dão a vacina são muito carinhosas", relatou.
VACINAÇÃO - Durante o evento na Escola Classe Juscelino Kubitschek, as crianças também foram vacinadas contra a dengue e demais imunizantes do calendário para reforçar a importância da aplicação de todos os imunizantes recomendados. As crianças pertencem ao grupo que registra alto índice de hospitalização em razão da dengue. A ministra Nísia Trindade reforçou o convite para pais e responsáveis atualizarem a caderneta de vacinação. “Não é só a dengue, são muitas doenças que as vacinas evitam.”
O medo da agulha não impediu Wesley Júnior, de 10 anos, de se imunizar. "Eu vou falar que também tenho medo, mas, se eu não olhar, consigo. Você fica com medo, mas é uma boa causa, para você não ficar doente e nem sentir dores", orientou o jovem.
O evento contou também com a presença do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que agradeceu a integração dos esforços do Governo Federal com os governos estaduais. “Isso é importante, nos dá força de trabalho. Sem a participação dos ministérios e do Governo Federal, ficaríamos mais fracos”, disse o governador.
SAÚDE NA ESCOLA – Resultado de parceria entre os ministérios da Educação e da Saúde, o Saúde na Escola é voltado a crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública para promover saúde e educação integral no ambiente educacional. É uma estratégia para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas, que busca também reduzir a evasão escolar e a intermitência de frequência por problemas de saúde e reforçar compromissos e pactos estabelecidos.
Em 2023, o Governo Federal ampliou políticas que não foram abordadas pela gestão anterior, retomando temáticas como prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva, além de prevenção de HIV e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) nas escolas. O Ministério da Saúde destinou mais de R$ 90 milhões para os municípios que aderiram ao PSE. O ciclo 2023-2024 alcançou recorde histórico de adesões, com 99% das cidades brasileiras habilitadas ao recebimento do recurso.
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