Mato Grosso fechou o mês de janeiro de 2025 com 1,194 milhão de pessoas com cadastro negativado no Serviço de Proteção ao Crédito Brasil (SPC Brasil). Esse número corresponde a 45,78% da população estadual e está em linha com o aumento na inadimplência tanto em âmbito regional como nacional.
De dezembro de 2024 para janeiro de 2025, o cadastro negativo do SPC Brasil recebeu mais 19.153 moradores mato-grossenses. Com isso, o aumento mensal na inadimplência foi de 1,63%, enquanto a média nacional foi de 2,76% e a regional, 5,69%.
Já na comparação entre janeiro de 2024 e janeiro de 2023, o incremento de 1,7% em Mato Grosso está acima do registrado tanto no País (1,57%) quanto na região Centro-Oeste (1,43%).
Porém, o índice de endividamento junto ao setor de comércio mato-grossense registrou redução em janeiro. “O número de pessoas com cadastro negativo junto ao comércio caiu 2,66% em janeiro frente a dezembro de 2024 e 10% na comparação com janeiro do ano passado. Isso mostra que o consumidor tem aproveitado as oportunidades que os lojistas criam para manter o crédito em dia”, observou Júnior Macagnam, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá).
Perfil. Os dados do SPC Brasil mostram que 53,6% dos inadimplentes cadastrados em Mato Grosso são do gênero masculino. A idade média é de 43,4 anos, predominando a faixa etária que vai de 30 a 49 anos (48,75%).
Somando todas as dívidas, o montante devido no estado alcança R$ 6,108 bilhões, sendo que o valor médio devido é de R$ 5.115,21 por consumidor. Em média, os inadimplentes mato-grossenses estão negativados há 2,2 anos.
O sistema financeiro continua sendo o setor com maior percentual de participação entre os credores: 50,73%. Em seguida, vem comércio (24,51%) e os serviços de água e luz (11,42%).
Renegociação. Além de aproveitar ações de renegociação do comércio, o consumidor com cadastro negativo pode buscar a própria CDL Cuiabá, que integra a rede do SPC Brasil para renegociar a dívida. Além disso, pelo aplicativo “SPC Consumidor”, é possível verificar a situação financeira e buscar alternativas de renegociação. No portal www.meubolsofeliz.com.br, há conteúdo informativo sobre educação financeira e recursos para ajudar quem está com dificuldades no orçamento.
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