“Meu pai estava aguardando há quase um ano e meio a realização dessa cirurgia. Estávamos preocupados e apreensivos com a demora, mas graças a este mutirão, meu pai será operado. Ontem, recebemos a ligação da Regulação informando sobre o agendamento, e amanhã, se Deus quiser, já estaremos em casa”, disse a filha de seu Wilson dos Santos, de 72 anos, que faz parte do grupo de pacientes que participaram do ponto inicial do projeto de ampliação das cirurgias eletivas no antigo Pronto- Socorro de Cuiabá, administrado pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
Cerca de mil cirurgias devem ser realizadas por mês até o final do ano, totalizando 7 mil cirurgias eletivas de média e alta complexidade. A ampliação das cirurgias é resultado de emendas parlamentares dos vereadores da capital, que totalizam cerca de 30 milhões de reais.
Conforme o secretário-adjunto de Atenção Hospitalar e Complexo Regulador da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Paulo Rós, após ser chamado, o paciente precisa estar apto para a operação, o que depende de uma série de fatores, como localização do paciente, exames atualizados, condição de saúde, entre outros.
Rós conta ainda que a primeira paciente a ser operada pelo mutirão foi uma senhora de 81 anos, moradora do bairro Pedregal, que se enquadrava no perfil de cirurgias classificadas como urgentes devido à idade avançada. “Os demais hospitais da capital continuam operando normalmente na realização das cirurgias eletivas”, frisou o secretário.
A diretora administrativa do HPSMC, Deniellen Nelian, explica que a seleção dos pacientes que serão operados no mutirão será totalmente de responsabilidade do setor de regulação do município e reforçou que a unidade está preparada para suportar a alta demanda. “Antes do projeto, estávamos realizando uma média de 300 cirurgias por mês; agora vamos trabalhar incansavelmente para superar os números esperados e atender ao máximo possível de pessoas que tanto precisam e esperam por uma cirurgia”, disse a gestora do hospital.
O HPSMC dispõe de cinco salas cirúrgicas, sendo quatro dedicadas exclusivamente aos procedimentos eletivos e uma reservada para emergências. Com essa estrutura, estima-se a realização de 45 cirurgias diárias, de segunda a sábado, totalizando cerca de 1.080 por mês, com potencial para alcançar até 1.200 cirurgias mensais.
Já seu Eduardo José de Lima, de 55 anos, que trabalha como pedreiro, aguardava com ansiedade o momento de ser levado para o Centro Cirúrgico. “Eu acho que foi bem rápido. Há uns quatro meses, enquanto trabalhava, senti uma dor e procurei a UPA do Pascoal Ramos, onde me disseram que eu precisaria fazer uma cirurgia de hérnia, mas teria que esperar um pouco, pois a fila de espera estava muito grande. Ontem, me ligaram e mandaram vir hoje para operar. Nossa, que alegria!”, comemorou o paciente, que finalmente ficará livre de um problema que o incomodava até mesmo para trabalhar.
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