O Gabinete Estadual de Intervenção na Saúde de Cuiabá entregou a Saúde de Cuiabá com 267 médicos a mais do que em março, quando assumiu a gestão da pasta. Os dados são referentes ao número de médicos vinculados diretamente à Secretaria Municipal, efetivos e contratos temporários. Em março, o total era de 439. Em dezembro, esse total passou para 706, o equivalente a um aumento de 60%, se comparado ao início da Intervenção.
O aumento do número de médicos impactou positivamente em toda a rede pública de Saúde da capital mato-grossense. Em março, quando começou a Intervenção, 43 equipes de Saúde da Família estavam sem médicos. Em dezembro, no fim do período interventivo, todas as unidades tinham pelo menos um profissional.
Paciente da Unidade de Saúde da Família (USF) Despraiado, Raquel Boa Sorte, foi ao local preocupada com uma dor na região do pescoço e saiu muito satisfeita com o atendimento. “Resolvi passar aqui no posto para saber se estava já inaugurado. Vim hoje e consegui marcar minha consulta. Já passei até por uma primeira avaliação. Fui muito bem atendida, a unidade está muito linda e consegui pegar meus remédios”, contou Raquel, que foi até o local no dia da inauguração da USF, em 29 de novembro.
Ilma Maria França Ferreira, paciente da USF Tijucal, procurou a unidade em junho e conseguiu marcar a consulta para o dia seguinte. “Todas as vezes que eu vinha aqui não tinha médico. Ficamos sabendo que voltou a ter médico e vim aqui com a minha amiga para consultar, agendar consulta, fazer um check-up. Ontem nós viemos, marcamos e hoje já estamos aqui para a consulta. Graças a Deus! Porque antes não tinha médico, não tinha remédio”, falou ela, na ocasião.
As contratações também tiveram resultado positivo nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs do Verdão, Jardim Leblon, Pascoal Ramos e Morada do Ouro) e Policlínica do Pedra 90. Dados do Sistema Gestor Saúde da SMS mostram que em março, 66 médicos tinham vínculo direto com a Secretaria Municipal de Saúde, em dezembro, passaram a ser 158.
Najla Brito, que atuou como cointerventora de Atenção Secundária, pontuou que as contratações ajudaram a reduzir a dependência que a Secretaria tinha de empresas de plantões terceirizados. Em março, 80% dos plantonistas eram de empresas prestadoras de serviço. Em dezembro, esse percentual caiu para 26%.
“O aumento do número dos médicos contratados, seja pelo chamamento do concurso público ou pelo seletivo, foi essencial para mantermos a continuidade do atendimento nas unidades básicas de saúde e as escalas completas nas UPAs e Policlínicas”, destacou Najla.
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