O grande desafio do Presidente Lula em seu início de Governo está em expurgar os fantasmas dos problemas impregnados no imaginário popular por uma narrativa política que nega a democracia e a importância das instituições.
Em uma analogia do Brasil com um barco a vela, pode-se afirmar que Lula em seus 100 primeiros dias alinhou a bússola e ajustou a vela para que os ventos da democracia brasileira guiem o Brasil para um confronto como os males que verdadeiramente assolam e assombram milhões de famílias brasileiras.
O combate à fome, recuperação de uma economia forte e o fortalecimento da indústria nacional, são algumas das medidas que vão propiciar a criação de oportunidades aos brasileiros e brasileiras que carregam inúmeros sonhos no coração.
Neste artigo buscarei esclarecer alguns pontos importantes que ajudarão na compreensão de problemas profundos levando em consideração toda a sua complexidade, e farei isso sem frases feitas, que em nada contribuem com um rico e proveitoso debate.
O primeiro é a constatação de que o governo não funciona como uma empresa privada, mas como um ente do Estado que tem deveres constitucionais.
O elemento a ser destacado é que o superávit fiscal, da forma como vem sendo alardeado por parte do mercado financeiro, é uma convenção de contabilidade social que nos ajuda a compreender e administrar as contas públicas.
Para exemplificar e tornar mais palpável esse “economês”, imaginemos um ano com déficit de 100 bilhões de reais. Se há um planejamento de ajuste fiscal e monetário, a partir das receitas e despesas, que vá propiciar o crescimento econômico de forma que, no ano seguinte ou no ano subsequente, o Brasil também possa ter superávit em suas contas, esse déficit inicial deixa de ser um problema.
Caminhando para o fim deste artigo, compartilho com você leitor, que acabo de receber o vídeo de uma colega de parlamento que critica o Presidente por afirmar que “esse país só não quebrou até agora por causa do dinheiro que deixamos de reserva há 20 anos atrás”.
Me recuso a aceitar esse fenômeno que aposta na desqualificação de fatos baseados apenas em pura discordância ideológica.
A verdade sobre as reservas cambiais é que, foram justamente elas, no valor de 300 Bilhões, que a gestão do Presidente garantiu como proteção da economia brasileira e evitou que o Brasil pudesse quebrar, como aconteceu em países como a Argentina.
Faço questão de abordar esse tema para reafirmar os fatos históricos e demonstrar que um governo que teve responsabilidade fiscal por 8 anos, trabalhará com o mesmo espírito por mais 4 anos.
Concluo celebrando o redirecionamento do Brasil com a vela inclinada para o progresso, acompanhado de um lado pela esperança e do outro pelo trabalho árduo. Ainda faltam muito mais que 100 dias que serão preenchidos com dedicação, comprometimento e reconstrução do Brasil.
A “democracia de marketing” em que vivemos, em um mundo extremamente pautado pelas mídias sociais e ações que podem ser multiplicadas em milhões de clicks, tornam a governabilidade de um país cada vez mais refém de resultados de curto prazo. A guerra de narrativas fake, mais que nunca, tem contaminado o ambiente da discussão política a ponto de terem se tornado matéria-prima de dogmas de fé política.
Emanuel Pinheiro Neto, deputado federal pelo MDB-MT e vice-líder do governo na Câmara dos Deputados Emanuel Pinheiro Neto vice-líder do governo na Câmara dos Deputados
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