O prefeito de Rondonópolis Zé do Pátio (SD) praticamente descarta a possibilidade de concorrer ao governo. “Tenho 10 mandatos em Rondonópolis, 40 anos de mandato na cidade, e a comunidade cobra muito uma posição minha de continuar na gestão”, disse à jornalistas, na noite desta quinta (24), durante evento suprapartidário entre PSB, MDB, PSD e PP, que marcou o lançamento da pré-candidatura de Neri Geller ao Senado.
Apesar disso, Pátio pondera que não é filho de pai assombrado e que ainda tem muita coisa para acontecer nestes próximos dias, quando se encerra a janela partidária, o prazo para que pretensos candidatos ingressem em legendas e também o período para que membros do Executivo renunciem ao mandato caso decidam concorrer a outro tipo de cargo eletivo. No caso de Pátio, para disputar o governo, ele teria que deixar definitivamente o comando de Rondonópolis.
Sobre seu futuro partidário, o prefeito revela que as articulações se encaminham para que seu grupo político migre para o PSB, hoje sob Max Russi. A esposa de Pátio, Neuma de Moraes, inclusive, é pré-candidata a deputada federal e vai acompanhar o marido no novo partido.
O prefeito alega que, para tomar a decisão, está levando em consideração o fato da legenda estar alinhada nacionalmente com o ex-presidente Lula. O PSB deve indicar Geraldo Alckmin como vice de Lula.
Questionado sobre a proximidade do PSB com o governador Mauro Mendes (União Brasil), que deu início a uma convergência com o projeto de Jair Bolsonaro (PL), o prefeito diz que isso não mudará o seu foco de pedir votos para o ex-presidente Lula.
Um dos principais líderes do grupo pró-Lula no Estado, Pátio se mostra animado para as eleições do final do ano. Diz que em Rondonópolis, cidade que administra, pesquisas internas já apontam o petista na frente do presidente Bolsonaro, que deve buscar à reeleição. “Nós estamos muito bem, Lula está com uma frente grande. Na Capital do agronegócio vai dar Lula”, acredita.
Ele também diz que é o momento de Mato Grosso, estado conservador e que não costuma votar em políticos de centro-esquerda, mudar a rota e ajudar a eleger o ex-presidente. “É preciso apoiar Lula, Mato Grosso não pode errar mais, Mato Grosso tem que fazer uma reflexão forte”.
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