POLITICA

Sérgio Ricardo afirma que solução para desenvolvimento está na indústria e destaca contribuições de auditoria sobre incentivos fiscais

Por Secom TCE/MT
Publicado em 29-06-2024 às 09:47hrs
O presidente do TCE-MT participou da 5ª reunião ordinária da diretoria da Fiemt, nesta sexta-feira (28).

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, defendeu o incentivo à industrialização como estratégia para o desenvolvimento do estado junto a representantes da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). Na 5ª reunião ordinária da diretoria da Fiemt, nesta sexta-feira (28), também foi abordada a contribuição que a auditoria especial sobre os incentivos fiscais, instaurada nesta semana pelo órgão, trará ao setor.

O trabalho avaliará a eficácia, eficiência, efetividade e transparência da política de incentivos fiscais estaduais e da gestão da dívida ativa estadual, referente aos últimos cinco anos, o que, segundo Sérgio Ricardo, resultará na otimização dos recursos. “Estamos usando nosso potencial técnico para garantir mais eficiência, transparência, gerar emprego e reduzir desigualdades”, disse.

Na ocasião, também reforçou o compromisso do Tribunal com as políticas públicas de desenvolvimento. “Somos um estado do Agronegócio que produz milho, soja, algodão e carne, mas temos que beneficiar isso, temos que industrializar esses produtos. Para acabar com as desigualdades só tem um jeito, que é gerar oportunidades e qualificar pessoas, e quem tem condição de fazer isso é a indústria”, pontuou.

Sobre os incentivos, explicou que é preciso criar um ambiente atrativo para os empreendimentos. “Por que uma empresa vai se instalar aqui se pode ir para os grandes centros, onde tem mão de obra, equipamento, manutenção e toda uma infraestrutura facilitada? Alguns estados dão incentivo total, com cobrança zero de ICMS, então, temos que pensar dessa forma. A indústria tem que ser o carro chefe de Mato Grosso.”

Na ocasião, o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, chamou a atenção para a importância de uma visão desenvolvimentista para o estado e lembrou que alguns setores industriais de Mato Grosso são beneficiados pelo Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

Vale destacar que o setor é composto por cerca de 15,5 mil empreendimentos e gera 183 mil empregos. “Ficamos muito satisfeitos com o entendimento do conselheiro em relação à questão dos incentivos da indústria, como o Prodeic, que faz uma diferença muito grande para a geração de emprego e renda em diversos municípios de Mato Grosso”, disse Rangel.

O deputado estadual Carlos Avalone falou sobre o papel do TCE-MT no debate. “Hoje, a composição do Tribunal conta com pessoas muito experientes e essa experiência tem que ser levada ao debate sobre as políticas públicas do estado. É isso que eu vejo que vem acontecendo sob a liderança do conselheiro Sérgio Ricardo, que está se envolvendo agora com os problemas da indústria e que, com certeza, tem muito a contribuir.”  

Energisa

Ao longo da manhã, foi apontado que um dos principais obstáculos à industrialização do Estado hoje é o fornecimento de energia. Isso porque, uma série de oscilações e falhas na distribuição por parte da Energisa vêm causando prejuízos aos empresários, que apresentaram a situação ao presidente do TCE-MT.

“A Energisa está fornecendo energia de péssima qualidade. Tem empresas em que a oscilação faz perder quatro ou cinco dias de trabalho por mês, sem contar com equipamento que danifica e queima. Inclusive, tem que se rever essa concessão. Ou a Energisa resolve o problema e começa a fornecer energia de qualidade, ou há que se rever esta concessão”, reforçou Sérgio Ricardo.

O problema é ainda mais grave entre as empresas que utilizam tecnologia de ponta e contam com muitos computadores e robôs para produzir. “Essas empresas estão passando dificuldades com a qualidade de energia. A Energisa não investe em tecnologia e não investe nas necessidades de Mato Grosso. A qualidade da energia é a mesma da que era fornecida há 20 anos, quando ainda era Cemat, porque ela não se modernizou.”, concluiu o presidente do TCE-MT.

 

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