O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, defendeu a valorização dos professores das redes estadual e municipal de Mato Grosso.
Durante a abertura do evento “Estratégias colaborativas para uma governança pública participativa e efetiva na educação”, que começou nesta quarta-feira (24), no auditório da Escola Superior de Contas do TCE-MT, o conselheiro afirmou que é preciso discutir também a o pagamento de um salário que seja condizente com a importância dos professores.
“É importante falar sobre a remuneração dos professores, é uma discussão que precisamos traçar aqui. Inclusive, há municípios que não pagam nem o piso salarial da categoria. São desafios que o Tribunal de Contas assume em discutir. Temos o conselheiro Antonio Joaquim, presidente da Comissão Permanente de Educação e Cultura, que brilhantemente trabalha para melhorar a educação, pode contar com ele, comigo e com o TCE-MT para discutirmos isso. O TCE-MT é um grande parceiro de vocês, a gente propõe essa discussão e consequente valorização dos professores para que tenham um salário condizente com a importância da profissão tanto na rede estadual quanto na municipal”, afirmou.
Na avaliação do presidente do TCE-MT, os professores das redes estadual e municipal deveriam ter a melhor remuneração dentre todas as carreiras.
“Entendo que os melhores salários desse país e de Mato Grosso deveriam estar com quem educa e ensina. Quem ensina e quem prepara as pessoas deve ser o mais bem remunerado. Em um país competitivo, só tem chance quem tem qualificação e educação. Esperamos que Mato Grosso cada vez mais continue valorizando os professores para que sejam bem remunerados e possam viver bem com a sua família”, comentou.
Focado no fim das desigualdades regionais de Mato Grosso, o conselheiro avaliou que essas desigualdades também estão presentes na educação. “Temos um estado desigual na educação. A educação não chega igual em todos os municípios. Em Barão de Melgaço, por exemplo, crianças precisam sair às 3h da manhã, pegar um barco para chegar na escola para estudar às 7h. E muitas vezes, na hora do intervalo, não tem merenda. Mato Grosso é muito rico para poucos, médio para muitos e muito pobre também para muitos”, lamentou o presidente do TCE-MT.
Em relação ao orçamento do Estado para a educação, o presidente do TCE-MT elogiou o Governo do Estado pela ampliação no investimento para área. “Gosto de avaliar números. Até dois anos atrás, o orçamento da segurança era maior do que o da educação. Vejo que as coisas começaram a melhorar porque a gente vê que em 2024 inverteu um pouco. Mais de 5 bilhões destinados para a educação e 4,5 bilhões para a segurança. É ruim ter que gastar tanto dinheiro na segurança, é menos dinheiro para a educação. É a educação que vai mudar esse quadro de ter que gastar tanto orçamento de um Estado para a segurança”, concluiu.
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