O ano de 2023 foi marcado por crescimento de 44% nas aprovações de crédito viabilizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que totalizaram R$ 218,5 bilhões no ano. Desse total, R$ 44 bilhões resultam de garantias do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), mais que o dobro do que em 2022 (R$ 20 bilhões). As aprovações aumentaram em todos os setores, com destaque para infraestrutura, com R$ 78,5 bilhões (crescimento de 23%), agropecuária, com R$ 42,5 bilhões (alta de 53%), e indústria, com R$ 31,7 bilhões (alta de 41%).
O BNDES recuperou, em 2023, seu papel no apoio ao desenvolvimento nacional. Foram R$ 5,3 bilhões em aprovações para inovação, R$ 13,5 bilhões para exportações, R$ 25,3 bilhões a estados e municípios e R$ 30,4 bilhões para agropecuária no âmbito do Plano Safra. Soma-se a isso a retomada do Fundo Amazônia – cujas contratações estavam suspensas desde 2019 –, com R$ 1,3 bilhão em aprovações e chamadas públicas em 2023, e a reformulação do Fundo Clima.
RETOMADA - Os números foram divulgados em entrevista coletiva de imprensa pelo presidente Aloizio Mercadante e pelos diretores Alexandre Abreu (Financeiro e Crédito Digital para MPMEs) e Nelson Barbosa (Planejamento e Estruturação de Projetos), na sede do Banco, no Rio de Janeiro. “Os resultados revelam uma retomada do papel do BNDES como banco público de desenvolvimento, com foco em ampliar o crédito em condições adequadas para promover o crescimento econômico país”, destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “O Banco também contribuiu para aliviar as condições adversas do mercado de capitais, tendo subscrito 26% das emissões de debêntures incentivadas em 2023, e vem trabalhando para diversificar seus instrumentos de captação, para seguir viabilizando o apoio a setores estratégicos”, complementou.
COOPERATIVISMO - O BNDES também reforçou o apoio ao cooperativismo, com aumento de 63% no repasse em relação a 2022, totalizando R$ 23,8 bilhões. “As cooperativas são um relevante canal para a diversificação do perfil dos clientes apoiados e para a redução da concentração do mercado de crédito no Brasil”, explicou Mercadante.
DESEMBOLSOS - Os desembolsos do BNDES, considerando operações de crédito diretas e indiretas, totalizaram R$ 114,4 bilhões em 2023 (1,1% do PIB), crescimento de 17% frente a 2022. Do total de desembolsos, mais de 80% foram a taxas de mercado. A parte realizada com taxas incentivadas concentra-se, em boa medida, no apoio ao Plano Safra, em que o BNDES é um dos executores da política pública do Governo Federal.
CONSULTAS - Além do aumento de 100% em garantias do FGI, o Banco apresentou crescimento em todas as demais fases de suas operações comparativamente à 2022, como consultas (R$ 270,8 bilhões, com aumento de 88%) e aprovações (aumento de 32%, atingindo R$ 174,5 bilhões), com a carteira de crédito expandida alcançando o valor de R$ 515 bilhões, o maior dos últimos cinco anos.
LUCRO LÍQUIDO - O lucro líquido recorrente do BNDES registrou crescimento de 83% no último trimestre de 2023, em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano, encerrando o ano com o acumulado de R$ 11,9 bilhões. O resultado foi influenciado pelo aumento das receitas das operações de crédito, a partir da expansão da carteira, e pela redução das despesas gerais, contrabalançado por menor saldo em tesouraria. O lucro líquido total de R$ 21,9 bilhões em 2023 (e de R$ 7,5 bilhões no 4º trimestre) foi impactado por receitas de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 7,8 bilhões (principalmente oriundas da Petrobras), líquidas de tributos, além de reversão de provisões de crédito, em especial pela recuperação de créditos provisionados em exercícios anteriores.
TRANSPARÊNCIA - Em 2023, o Banco foi reconhecido como a instituição pública federal mais transparente do país, em pesquisa realizada pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), e como uma das instituições públicas de desenvolvimento do mundo com maior variedade de métodos para monitorar e avaliar a efetividade de sua própria atuação pelo The Montreal Group.
INADIMPLÊNCIA BAIXA - A inadimplência (+90 dias) em 31 de dezembro de 2023 manteve-se em 0,01%, mesmo percentual de 30 de setembro e inferior aos 0,13% em 31 de dezembro de 2022. Essa taxa permanece inferior à inadimplência do Sistema Financeiro Nacional (de 3,27% geral e 0,70% para grandes empresas), comprovando que o BNDES não sentiu os efeitos da piora do mercado de crédito em sua carteira própria e indireta.
CRÉDITO - A carteira de crédito e repasses manteve boa qualidade, com 96,5% das operações classificadas nos mais baixos níveis de risco, compreendidos entre AA e C, em 31 de dezembro de 2023. O percentual se mantém acima do registrado pelo Sistema Financeiro Nacional, de 90,8% em 30 de junho de 2023 (última informação disponível).
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