Com aproximadamente R$ 16 milhões de recursos em atraso da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, o Hospital de Câncer de Mato Grosso – HCAN passa por dificuldades financeiras para continuar os atendimentos. Nesta segunda-feira (29), o assunto foi tema da reunião da diretoria do HCAN com o deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT.
Acompanhado da diretora-administrativa, Renata Oliveira e da coordenadora de leilões e eventos, Elenice Mansur, o diretor-presidente do HCAN, Laudemir Moreira, afirmou possível paralisação dos atendimentos, caso os repasses não sejam efetuados pela Prefeitura de Cuiabá no final deste mês.
Laudemir também fala sobre a importância de estadualização do hospital, que é referência em tratamento contra o câncer. Além disso, Botelho fez compromisso de destinar emenda no valor de R$ 2 milhões para aquisição de equipamentos, como mamógrafo.
“Precisamos ampliar os atendimentos, criar mais leitos e comprar equipamentos novos. Para isso, vamos viabilizar recursos por meio de emenda parlamentar. A estadualização também foi discutida. O Estado pode aportar um recurso maior, pois a tabela SUS [Sistema Único de Saúde] está totalmente defasada.
Para Botelho, o Hospital do Câncer é importante, “grande referência em oncologia no Estado. Então, vamos trabalhar para melhorar e dar mais condições e se precisar vou agendar reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal”, promete Botelho.
“Botelho sempre foi parceiro do hospital. Vai nos repassar emenda de R$ 2 milhões para adquirir mamógrafo, aparelho de anestesia, e carrinhos de remoção de pacientes. Equipamentos necessários para melhorar o atendimento”, diz o diretor-presidente do HCAN.
Apoio da ALMT
Laudemir Moreira informou que o apoio da ALMT é fundamental para o HCAN/MT, que em 2023, realizou 178 mil atendimentos. Números que representam custo-médio mensal de R$ 6,5 milhões. São pelo menos 130 médicos ligados ao hospital e cerca de 700 funcionários.
Com a grande demanda, a diretoria busca apoio à estadualização do HCANMT, que engloba 70% dos atendimentos registrados a pacientes do interior do Estado. E os repasses que a prefeitura dispõe são insuficientes. “O Estado tem mais capilaridade financeira para absorver um contrato dessa magnitude. Hoje, o HCAN precisa de contrato superior a R$ 6 milhões para atender a demanda”, frisa.
Falta de repasses
De acordo com o diretor-presidente, a falta de repasses impede continuar o atendimento de pacientes oncológicos. O Executivo Municipal deixou de repassar R$ 16 milhões. Para evitar fechamento, o HCAN solicitou o recebimento de R$ 6,5 milhões. Do total, a Prefeitura de Cuiabá repassou R$ 3,3 milhões.
“Não adianta pagar a conta-gotas, pois o problema que está hoje volta amanhã. Estamos no processo de renegociação, notificamos todas as autoridades competentes. Tenho ameaça de corte de gás, energia, medicamentos em falta. Final deste mês é o prazo para que a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá pague R$ 6,5 milhões. Sem esse valor, teremos que suspender os atendimentos”, alerta Moreira.
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