O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), Junior Macagnam, apresentou nesta quarta-feira (10.09), durante audiência pública promovida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) sobre mobilidade urbana, a criação de um comitê de acompanhamento para acompanhar as obras em andamento na Capital. A proposta prevê a participação de representantes da Câmara Municipal, Governo do Estado, Prefeitura, Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Assembleia Legislativa (ALMT), Ministério Público Estadual (MPE), União Cuiabana de Associações de Moradores de bairros (Ucamb) e CDL Cuiabá, representando o setor de comércio e serviços.
Na oportunidade, Macagnam reforçou a necessidade de transparência no planejamento das intervenções. “É a falta do cronograma de obras que mais nos preocupa. Com essa informação, o empresário consegue se organizar: dar férias para colaboradores no período de maior impacto, reduzir compras, intensificar vendas on-line ou reforçar o delivery. A ausência desse planejamento atrapalha diretamente a sobrevivência das empresas”, destacou.
Segundo levantamento realizado com empresários da Avenida Rubens de Mendonça (CPA), cerca de 90% das empresas já foram afetadas negativamente pelas obras. Em média, houve redução de 36% no faturamento em comparação com 2023. Além disso, dois em cada dez estabelecimentos precisaram demitir funcionários para conter custos.
Macagnam alertou ainda para os efeitos de longo prazo no setor. “Quando o consumidor cria um novo hábito de compra, dificilmente retorna ao local anterior. Ou seja, além da queda imediata nas vendas, os lojistas terão o desafio de reconquistar clientes quando a situação se normalizar”, afirmou.
O presidente ressaltou ainda que não apenas o comércio, mas também o setor de serviços vem sendo impactado. “É fundamental que governo, prefeitura e entidades atuem em conjunto para minimizar os prejuízos e garantir que os prazos sejam cumpridos, evitando mais atrasos e transtornos”, concluiu.
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