Lenildo Nascimento e Azélia Aparecida, de Araputanga, celebraram retirada da cadeira de roda motorizada
Crédito - Fernanda Nazário

Mais que independência, a cadeira de rodas motorizada entregue pelo Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac) simboliza qualidade de vida para o ex-peão de rodeio Lenildo Nascimento, 38, de Araputanga. Tetraplégico há 10 anos, ele é um dos 127 pacientes com deficiência física que receberam o equipamento locomotivo da unidade de saúde entre janeiro e março de 2023. O Cridac, administrado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), atua em Mato Grosso como referência na reabilitação de pessoas com deficiência física, auditiva e intelectual.

“Eu não teria condição financeira para comprar uma cadeira tão moderna. Pesquisei essa mesma marca de cadeira e descobri que o valor era em torno de R$ 13 mil reais. Então, ganhar essa cadeira é uma conquista para mim, meus amigos e minha família. Eu tinha muita dificuldade com a cadeira manual, porque tenho a coluna torta e essa é muito boa, me proporcionará mais que independência, terei qualidade de vida”, comemora o paciente, que em 2010 torceu o pescoço ao cair do touro e lesionou a coluna cervical.



Para o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, ver pacientes felizes e emocionados é gratificante. “Quando vemos isso, sentimos que o dever está sendo cumprido, pois nossa missão é auxiliar o paciente em sua reabilitação, o que contribui para o convívio dele em sociedade. A atual gestão olha atentamente para as pessoas com deficiência e tem a inclusão como objetivo”, diz o gestor. 

Feliz em ser contemplada com a entrega da cadeira motorizada, a também moradora de Araputanga, Azélia Aparecida, 49, diz que o equipamento significa liberdade. Ela contraiu o vírus da poliomielite aos seis meses de vida, quando o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não disponibilizava a vacina contra a doença, e ficou paraplégica.

“A minha cadeira manual me restringe muito, mas agora terei liberdade de sair sozinha para ir ao banco, supermercado ou resolver minhas coisas sem ficar esperando que os outros me acompanhem”, conta Azélia, contente com o novo meio de locomoção.



O diretor do Cridac, Luiz Antônio Ferreira, informa que todas as cadeiras motorizadas entregues são fabricadas de acordo com a necessidade de cada paciente. “Antes de retirarem o equipamento, os pacientes passam por avaliação com psicólogo e fisioterapeuta, que tira todas as medidas para em seguida enviar ao fabricante. O paciente sai do Cridac com uma cadeira de acordo com suas características físicas”, explica Luiz.

Durante o processo de retirada da cadeira, os pacientes recebem orientações de manuseio por parte do fisioterapeuta do Cridac e do supervisor de vendas públicas da fabricante da cadeira.

Nos últimos três meses, foram entregues cadeiras para pacientes de Cuiabá, Várzea, Grande, Poconé, Araputanga, Cáceres, Rondonópolis, Colíder, Sinop, Rosário Oeste, entre outras cidades.