São altas as expectativas para a reunião do grupo de trabalho de Arquitetura Financeira Internacional do G20, que acontece até quarta-feira, 13/6, em Fortaleza (CE). Mais de 200 delegados representantes dos países-membros do fórum, organizações internacionais e bancos multilaterais (MDBs, na sigla em inglês) estão engajados para discutir soluções para um sistema de pagamentos entre países; dívida externa e melhora do acesso dos países do Sul Global aos investimentos.
Antonio Freitas, subsecretário(a) de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica do Ministério da Fazenda do Brasil, destacou que o momento é para debater temas críticos como o liderado por países da África, que acontece nesta terça, que é um resultado que foi planejado como entrega do GT na presidência brasileira do G20. O grupo é coordenado pelo MF em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB).
“Ao chegarmos à metade da Presidência brasileira do G20, estamos fazendo bons progressos na implementação do plano de trabalho do IFA acordado no início do ano. É hora de finalizarmos ou avançarmos significativamente. O Brasil está confiante de que podemos negociar diferenças nas visões técnicas e expandir o tão necessário entendimento”, pontuou o diplomata durante a abertura da reunião que contou com a participação do governador do Ceará, Elmano Freitas.
SUL GLOBAL - Freitas destacou que depois da pandemia, os países do Sul Global têm encontrado desafios para superar a fome e a pobreza. As instituições financeiras internacionais, nesse cenário, têm “um papel importante para o desenvolvimento dessas economias e dos compromissos com a transição energética e descarbonização do planeta”. Ele destacou o protagonismo do Ceará na produção de energia limpa.
“Pensar uma economia com base em uma nova matriz energética nos coloca desafios enormes de poder pensar uma economia que seja mais inclusiva para que superemos a fome em todos os locais deste planeta e que possamos fazer isso preservando o meio ambiente. Temos desafios muito grandes para todos os dirigentes das nossas nações”, indicou.
Na perspectiva do mandatário cearense, o Ceará se beneficia com os debates do G20 no que diz respeito ao fortalecimento dos bancos multilaterais e a facilitação dos empréstimos aos países em desenvovimento. “Mais cooperação e taxas de juros menores beneficiam as ações que queremos implementar para tirar as famílias das políticas de assistência para as de economia, trabalho e moradia. Isso só é possível fazer com uma forte cooperação internacional”, concluiu Elmano.
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