O Hospital Estadual Santa Casa oferta tratamento oncológico para pacientes de todo o estado de Mato Grosso. Atualmente, a unidade trata 17 pacientes com câncer, sendo cinco deles pacientes pediátricos. Nesta quinta-feira (26.10), o paciente V.P.L, que estava internado na unidade devido a um tumor na região da face, será transferido para o Hospital do Câncer.
O referido paciente deu entrada ao Hospital Estadual no dia 15 de setembro de 2023 e, desde então, foi amplamente assistido pelas equipes técnicas da unidade, passou por biópsia, tomografia, exames clínicos, laboratoriais e de ressonância nuclear magnética.
O quadro clínico também foi avaliado por diversos especialistas, como oncologista pediátrico, neurocirurgião e otorrinolaringologista.
Com biópsia e exame imuno-histoquímico inconclusivos, os especialistas ainda avaliam a melhor conduta médica para o caso. De acordo com o médico supervisor do Hospital Estadual, dr. Fernando Biguelini Duarte, o quadro do garoto requer um encaminhamento muito específico, que pode ser executado pelo Hospital de Câncer, em Cuiabá.
“Esse caso se mostrou muito incomum, diferente dos demais que tratamos aqui. Um tumor com crescimento rápido, com comportamento de sarcoma mas características de outro tipo histológico ainda não identificado. O tumor está localizado em regiões muito nobres do corpo humano, que compreendem desde a nasofaringe até a base de crânio, e isso contempla uma junta médica maior, com cirurgião de cabeça e pescoço, que tem no Hospital do Câncer”, explicou.
O médico ainda esclareceu que cada tipo histológico de tumor requer um tratamento, seja via radioterapia, quimioterapia ou cirúrgico. Contudo, a inconclusividade dos exames realizados demanda pela análise criteriosa de um cirurgião de cabeça e pescoço.
“Nós contamos com neurocirurgião, otorrinolaringologista, oncologista pediátrico e estamos dando assistência integral ao paciente, mas é necessário um profissional com essa especialidade para decidir pelo tratamento; se vai ser um tratamento cirúrgico, se vai haver uma rádio ou quimioterapia adjuvante, porque até então não foi fechado um diagnóstico”, acrescentou.
A diretora do Hospital Estadual Santa Casa endossou a avaliação do médico e destacou que a equipe da unidade não mediu esforços para melhor atender e contemplar às necessidades do paciente.
“Nossa equipe deu assistência integral ao paciente e mediou todos os exames realizados até o presente momento. Parte dos exames coletados aqui foram encaminhados para laboratórios de São Paulo; são exames complexos, com prazo maior para emissão de resultado. A transferência se deu por entendimento técnico de que, devido à complexidade, o caso requer um cirurgião de cabeça e pescoço”, concluiu a gestora.
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