CULTURA

Exposição do fotógrafo José Medeiros sobre o Pantanal fica disponível até final de julho

Por assessoria
Publicado em 19-07-2022 às 12:51hrs
“Céu e Inferno em Terras Alagadas” retrata período de extrema seca e escassez, em 2020; está aberta na galeria do Sesc Poconé a entrada é gratuita
Exposição do fotógrafo José Medeiros sobre o Pantanal fica disponível até final de julho

O fotógrafo José Medeiros, conhecido por registar a fauna e as belezas do Pantanal mato-grossense, captou também a profunda crise no bioma em razão das queimadas. E essa perspectiva sufocante é o destaque da primeira etapa do projeto Pantanal+10, que tem o objetivo documentar durante uma década o pantanal e seus habitantes. A exposição que compõe o projeto está disponível para visitação na Galeria de Artes do Sesc Poconé, de terça a domingo, até o dia 31 de julho. A perspectiva é que a exposição venha para Cuiabá em agosto, mas as datas ainda não estão firmadas.

“Céu e Inferno em Terra Alagadas” é composta por séries fotográficas e instalação. As dificuldades enfrentadas pelos pantaneiros, principalmente devido ao aumento da seca na região, foram retratadas nos dois primeiros anos do projeto. Em 2020, a maior planície alagada do mundo chamou atenção por arder em chamas. O trabalho expressa com riqueza de detalhes a destruição da fauna e flora pantaneira.

O Sesc Poconé fica localizado na Avenida Generoso Ponce, s/n, Centro de Poconé (MT), Estrada da Transpantaneira. A Galeria de Artes fica aberta de terça a sexta, das 7h às 12h e das 14h às 19h; aos sábados, é das 7h às 12h e das 13h às 18h e, aos domingos, das 13h às 18h. A entrada é gratuita.


Mostra no Sesc Poconé. Crédito da foto: José Medeiros

A exposição recebeu o nome do recém lançado livro “Céu e Inferno em Terras Alagadas”, que pode ser adquirido pelo site da editora Origem, especialista em livros de fotografia ao preço de R$ 160; ou em A Casa do Centro, um centro cultural próximo à Praça da Mandioca, região central de Cuiabá.

O livro é composto por fotografias dispostas em 100 páginas, além de textos de Humberto Espíndola, artista plástico, membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, com participação da crítica de artes Aline Figueiredo e do crítico e curador Juan Esteves. A edição e o projeto gráfico são de Valdemir Cunha.

O projeto também contempla o documentário “Fogo e Fé”, um curta metragem com depoimentos sobre a tragédia vivida pelos pantaneiros. Apresenta cenas impactantes da destruição do bioma e a fé das mulheres rezadeiras que clamam pela salvação do Pantanal. O filme foi produzido com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do edital Conexão Mestres da Cultura da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT). Tem apoio do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, da Nobre Photo Printing e de Belgo Bekaert Arames.


Crédito da foto: José Medeiros

O documentário foi exibido no lançamento da mostra, em maio, e está resguardado para concorrer a festivais de cinema.

“As imagens dramáticas que este projeto mostra são o retrato de um Leviatã incontrolável, que só os céus podem resolver”, define o artista plástico e crítico Humberto Espíndola.

Após a tragédia com os incêndios fora de controle, o período de cheia não ocorreu. A região enfrentou uma gigantesca seca no ano passado. Mais uma vez o mundo viu o drama de animais e dos homens para sobreviver no bioma.

Segundo José Medeiros, a ideia com o projeto é conscientizar sobre os impactos socioambientais e despertar nas pessoas a importância e a urgência da preservação do Pantanal. “O bioma está sendo ameaçado por hidrelétricas, garimpos e suas nascentes estão sendo degradadas. O Pantanal é um berçário da natureza pedindo socorro”, alerta o fotógrafo.


Crédito da foto: José Medeiros

A experiência e o olhar antropológico, a compreensão visual das singularidades naturais e humanas são características que sobressaem no trabalho de Medeiros. O envolvimento com a população pantaneira é o ponto forte do projeto Pantanal +10.

O projeto Pantanal +10

A iniciativa é de longo prazo e tem o objetivo de documentar o bioma no período de 2020 a 2030. O Pantanal é a maior planície alagada do mundo, patrimônio Natural da humanidade, mas até quando? O projeto surgiu de questionamentos sobre a atual situação da região e da preocupação sobre os impactos e a degradação ambiental que o bioma está exposto com garimpos próximos, produção de monoculturas e construção de hidrelétricas.

O fotógrafo José Medeiros está imerso há 30 anos no Pantanal. Em 2014, lançou seu primeiro livro de fotografias, resultado de 11 anos dedicados ao bioma. “O Pantanal de José Medeiros” retrata o homem pantaneiro e sua cultura singular ainda preservada. Recebeu o prêmio da Editora Globo de “Fotografia Original” e o reconhecimento de importantes críticos de arte. 

O projeto Pantanal +10 é idealizado por José Medeiros com realização da Associação A Casa do Centro, apoio da Belgo Bekaert Arames e Nobre Photo Priting.  Conta com a parceria do Governo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Ministério Público Estadual de Mato Grosso, Sesc Pantanal, Observatório Pantanal, Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, Documenta Pantanal e Instituto do Homem Pantaneiro (IHP), além do apoio da Prefeitura Municipal de Corumbá, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

Serviço
Exposição de fotografia “Céu e inferno em terras alagadas’, José Medeiros
Data: Até 31 de julho
Horário de visitação: de terça a sexta, das 7h às 12h e das 14h às 19h; aos sábados, das 7h às 12h e das 13h às 18h; e, aos domingos, das 13h às 18h
Local: Galeria de Artes do Sesc Poconé (Av. Generoso Ponce, s/n, Centro, Poconé, Estrada da Transpantaneira)
Entrada gratuita
Mais informações: (65) 9 9635-2327, @josemedeirosfotografo e @acasadocentromt.

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