Com quase de 260 mil mortos devido à Covid-19, o país enfrenta o pior momento desde o início dos casos. Sem vacinas suficientes para imunizar a população, o senador Jayme Campos (DEM) fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Citando a conduta do próprio presidente como imprópria, Jayme elogiou dois rivais de Bolsonaro: o ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta e o governador de São Paulo João Dória (PSDB).
Jayme Campos
“Desrespeitaram todas as regras possíveis que só os menos esclarecidos não entendiam e o próprio presidente da república sempre contestou, achou que não tinha que ter distanciamento social, não tinha que usar máscara, que tinha que usar ivecmectina e deu no que deu. Estamos com o sistema de saúde estrangulado e chegamos a exaustão”, disparou o senador em entrevista à Rádio CBN, nesta terça (2).
A troca de três ministros da saúde em menos de um ano por terem discordado de Bolsonaro na condução da crise, segundo Jayme, gerou insegurança. Ele ainda detonou o atual titular da pasta, Eduardo Pazuello, que não deveria ter assumido o cargo.
“O Pazuello pode ser competente lá no Exército, não para ser ministro da saúde .Qual o conhecimento da ciência? Não tem conhecimento. Ele não estava preparado para ser ministro. É inconcebível em pleno século XXI acontecer o que aconteceu em Manaus com a falta de oxigênio”.
Classificou o momento atual como “trágico” e que, mesmo sem preparo de nenhum país para a pandemia, “houve descuido por parte das autoridades, inclusive do Governo Federal, que, de uma forma irresponsável, não teve planejamento. O ministro Mandetta, já tinha rezado a missa que deveria respeitar a ciência, era uma pandemia, mas não deram muita atenção acharam que ele queria se auto promover”.
Vacina virou jogo político para Bolsonaro
Sobre a vacinação, Jayme já havia reclamado que teve morosidade do governo federal e aproveitou para alfinetar o presidente que teria se preocupado mais com sua reeleição do que com a busca pelo imunizante.
“Vacina virou jogo político, o presidente antecipou as eleições e bateu de frente com João Dória que se preocupou sim, com antecedência, haja vista que o governo de São Paulo ajudou na aquisição dos insumos para produzir a vacina no Butantã, faltou investimento”, finalizou.
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