O juiz Gilberto Lopes Bussiki, da 9ª Vara Cível, julgou procedente o mérito da ação de cobrança movida pelo Mixto Esporte Clube e condenou o Cuiabá Esporte Clube a quitar a dívida no valor de 29.704,67, além da determinação do pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. Esta é a terceira derrota do clube devedor, que estava com as contas bloqueadas pela Justiça em decorrência do calote.

A batalha judicial iniciou-se após o descumprimento de um acordo feito pelos clubes, para que fosse feita a divisão dos lucros e despesas da partida de estreia do Campeonato Mato-grossense de 2023. O duelo, que ocorreu na Arena Pantanal, teve público superior a 7,5 mil pessoas e teve renda bruta de R$ 117,3 mil.

Diante do repasse de apenas R$ 18,5 mil, apesar da alta arrecadação do confronto, o Alvinegro solicitou a planilha de gastos e despesas gerais do jogo, onde foram identificados gastos particulares do Cuiabá, como alimentação para os atletas, contratação de mascotes, decoração de camarote, apostas na Timemania, diária do profissional de marketing específico do clube, entre outros gastos.

Após refazer a planilha divulgada pela equipe mandante, o Tigre da Vargas identificou o valor de R$ 21.700,09, que foram incluídos indevidamente pelo Dourado. Com a exclusão dos gastos, a renda correta da partida seria de R$ 58.821,15, dessa forma, cada clube deveria receber o valor de R$ 29.410,57.

O Mixto notificou o Cuiabá no dia 7 de março de 2024, porém, não houve retorno nem tomada de providências por parte do adversário. Em maio de 2024, o juiz Gilberto Lopes Bussiki já havia determinado o bloqueio das contas do Auriverde, condenação essa mantida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em setembro do mesmo ano.