O deputado estadual Max Russi (PSB) discordou do colega de Parlamento e candidato a prefeito de Cuiabá, deputado Eduardo Botelho (União) sobre a aprovação na mudança de distribuição do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que penalizou a Capital mato-grossense, Várzea Grande e Rondonópolis.
Embora Botelho tenha enfatizado que a lei precisa ser revista, Russi avalia ser muito difícil alterá-la por se tratar de uma lei federal.
“Ele [Governo de Mato Grosso] cumpre uma lei federal. O que foi tirado foi para investimento na educação. Todo investimento na Educação sempre vou achar pouco, então quanto mais a gente conseguir obrigar, que o recurso do ICMS seja para a Educação, eu vou defender isso. Então, tirar o dinheiro da Educação para investir em Cuiabá, ou em outro município de Mato Grosso, vou ser contrário”, declarou Max.
Russi avalia ser louvável a posição de Botelho por buscar recursos para Cuiabá, mas já adiantou que, como deputado e presidente da Assembleia Legislativa, a partir de 2025, seu posicionamento será contrário à derrubada da lei.
“Ele pode tentar fazer isso, eu sou contrário. Estou dando minha posição. Eu acho que ele, como prefeito de Cuiabá – caso eleito –, tem que articular mais recursos para a capital. É louvável. Eu, como deputado estadual, tenho que pensar no Estado de Mato Grosso e uma das prioridades minhas: é a educação. Então, eu não vou tirar dinheiro da Educação para colocar em qualquer município de Mato Grosso, pode ser Cuiabá ou qualquer outro. Falamos: ah, tem que investir em Educação, Educação de Qualidade, Educação é o futuro e quando colocam dinheiro na Educação, todos são contra. Vamos ser razoável”
Em fevereiro de 2022, o secretário de Finanças de Cuiabá, Antônio Roberto Possas de Carvalho, pediu bom senso aos deputados e ao Governo do Estado em relação à proposta. À época, Carvalho afirmou que a lei governamental passa a calcular com base no desempenho da Educação, da Saúde, e retira critérios que antes considerava o território, receita própria dos municípios e outras medidas.
Carvalho destacou que Várzea Grande perde R$ 60 milhões, Rondonópolis perde R$ 50 milhões, Sinop perde R$ 50 milhões e Cuiabá perde entre R$ 110 a 125 milhões. O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) também denunciou, em diversas oportunidades, que Cuiabá seria prejudicada.
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