O Papa Francisco concluiu, neste domingo, 7, sua visita histórica ao Iraque com uma missa para milhares de fiéis no norte do país devastado pelos extremistas, conclamando os cristãos “a não desanimar”.
Depois de rezar pelas “vítimas da guerra” nos escombros de Mossul, que foi a “capital” do Estado Islâmico (EI), o Papa celebrou a maior missa de sua viagem, sob estritas medidas de segurança.
“O Iraque sempre estará comigo, em meu coração”, disse o Papa no encerramento da missa em Erbil, no Curdistão iraquiano.
“Ouvi vozes de dor e angústia, mas também vozes de esperança e consolo”, afirmou, diante de milhares de fiéis antes da bênção em árabe.
Em sua chegada, o pontífice de 84 anos apareceu em pé no “papamóvel” diante de milhares de fiéis reunidos no gramado e nas arquibancadas do estádio Franso Hariri.
O Papa iniciou a missa em latim, com a peregrineta roxa nas costas e o solidéu branco na cabeça, diante de uma assembleia silenciosa e recolhida no último dia de sua visita ao Iraque, a primeira de um sumo pontífice ao país.
Para Bayda Saffo, uma católica de 54 anos que fugiu dos extremistas em Mossul, “agora sabemos que há alguém pensando em nós e em como nos sentimos”. Isso “encorajará os cristãos a permanecer em suas terras”, disse à AFP, enquanto no Iraque o número de cristãos caiu em 20 anos de 6% para 1% da população.
Vigilância reforcada. Este domingo foi o dia em que os guarda-costas e as forças de segurança estivera mais alertas.
Em sua viagem, os poucos quilômetros que o Papa percorreu por estrada foram em carro blindado. A maior parte dos 1.445 km de itinerário percorrido na sexta-feira foi em avião ou helicóptero para sobrevoar as áreas e evitar aquelas onde ainda se escondem células extremistas clandestinas.
E tudo isso em meio a um confinamento total decretado até segunda-feira (dia de sua partida) para enfrentar a covid-19, que registra recordes de casos no país.
Mas, esta tarde, ele conseguiu se aproximar da multidão, primeiro em Mossul, onde lamentou o exílio dos cristãos orientais de um altar construído no meio das ruínas, na ausência de uma igreja ainda de pé.
Lá, o Papa, lutando contra a ciática, deu um passeio em um carrinho de golfe sob os aplausos de uma pequena multidão.
O dia mais bonito. “É o dia mais bonito!”, exclamou Hala Raad, que o viu passar. “Agora esperamos viver com segurança, isso é o mais importante”, afirmou a mulher cristã, que fugiu de Mossul durante a invasão dos jihadistas.
Depois, em Qaraqosh, perto de Mossul, cidade cristã com uma história mais que milenar, o Papa de 84 anos encontrou-se com fiéis que ainda hesitam em regressar definitivamente às suas aldeias.
Sua comitiva foi saudada pelos aplausos dos cristãos que fugiram anos atrás da ocupação jihadista da cidade, vestidos em trajes tradicionais e agitando palmas, constatou a AFP. Ali, ele rezou o Angelus com eles.
“Agora é a hora de reconstruir e e recomeçar”, encorajou Francisco.
A maioria dos cristãos do Iraque vivia na planície de Nínive, mas muitos fugiram de suas aldeias em 2014 e se refugiaram no Curdistão iraquiano. Desde então, apenas algumas dezenas de milhares deles voltaram.
Muitos dizem temer os ex-paramilitares agora integrados ao Estado e que ganharam espaço com o EI.
As palavras pronunciadas no sábado pelo aiatolá Ali Sistani, grande figura do xiismo que disse ao Papa que trabalha para que os cristãos do Iraque vivam em “paz”, em “segurança” e com “todos os seus direitos constitucionais”, poderiam encoraja-los.
Gesto de amor. “É uma viagem especial também pelas condições de saúde e segurança”, disse Matteo Bruni, porta-voz do Vaticano.
O Papa Francisco concluiu, neste domingo, 7, sua visita histórica ao Iraque com uma missa para milhares de fiéis no norte do país devastado pelos extremistas, conclamando os cristãos “a não desanimar”.
Depois de rezar pelas “vítimas da guerra” nos escombros de Mossul, que foi a “capital” do Estado Islâmico (EI), o Papa celebrou a maior missa de sua viagem, sob estritas medidas de segurança.
“O Iraque sempre estará comigo, em meu coração”, disse o Papa no encerramento da missa em Erbil, no Curdistão iraquiano.
“Ouvi vozes de dor e angústia, mas também vozes de esperança e consolo”, afirmou, diante de milhares de fiéis antes da bênção em árabe.
Em sua chegada, o pontífice de 84 anos apareceu em pé no “papamóvel” diante de milhares de fiéis reunidos no gramado e nas arquibancadas do estádio Franso Hariri.
O Papa iniciou a missa em latim, com a peregrineta roxa nas costas e o solidéu branco na cabeça, diante de uma assembleia silenciosa e recolhida no último dia de sua visita ao Iraque, a primeira de um sumo pontífice ao país.
Para Bayda Saffo, uma católica de 54 anos que fugiu dos extremistas em Mossul, “agora sabemos que há alguém pensando em nós e em como nos sentimos”. Isso “encorajará os cristãos a permanecer em suas terras”, disse à AFP, enquanto no Iraque o número de cristãos caiu em 20 anos de 6% para 1% da população.
Vigilância reforcada. Este domingo foi o dia em que os guarda-costas e as forças de segurança estivera mais alertas.
Em sua viagem, os poucos quilômetros que o Papa percorreu por estrada foram em carro blindado. A maior parte dos 1.445 km de itinerário percorrido na sexta-feira foi em avião ou helicóptero para sobrevoar as áreas e evitar aquelas onde ainda se escondem células extremistas clandestinas.
E tudo isso em meio a um confinamento total decretado até segunda-feira (dia de sua partida) para enfrentar a covid-19, que registra recordes de casos no país.
Mas, esta tarde, ele conseguiu se aproximar da multidão, primeiro em Mossul, onde lamentou o exílio dos cristãos orientais de um altar construído no meio das ruínas, na ausência de uma igreja ainda de pé.
Lá, o Papa, lutando contra a ciática, deu um passeio em um carrinho de golfe sob os aplausos de uma pequena multidão.
O dia mais bonito. “É o dia mais bonito!”, exclamou Hala Raad, que o viu passar. “Agora esperamos viver com segurança, isso é o mais importante”, afirmou a mulher cristã, que fugiu de Mossul durante a invasão dos jihadistas.
Depois, em Qaraqosh, perto de Mossul, cidade cristã com uma história mais que milenar, o Papa de 84 anos encontrou-se com fiéis que ainda hesitam em regressar definitivamente às suas aldeias.
Sua comitiva foi saudada pelos aplausos dos cristãos que fugiram anos atrás da ocupação jihadista da cidade, vestidos em trajes tradicionais e agitando palmas, constatou a AFP. Ali, ele rezou o Angelus com eles.
“Agora é a hora de reconstruir e e recomeçar”, encorajou Francisco.
A maioria dos cristãos do Iraque vivia na planície de Nínive, mas muitos fugiram de suas aldeias em 2014 e se refugiaram no Curdistão iraquiano. Desde então, apenas algumas dezenas de milhares deles voltaram.
Muitos dizem temer os ex-paramilitares agora integrados ao Estado e que ganharam espaço com o EI.
As palavras pronunciadas no sábado pelo aiatolá Ali Sistani, grande figura do xiismo que disse ao Papa que trabalha para que os cristãos do Iraque vivam em “paz”, em “segurança” e com “todos os seus direitos constitucionais”, poderiam encoraja-los.
Gesto de amor. “É uma viagem especial também pelas condições de saúde e segurança”, disse Matteo Bruni, porta-voz do Vaticano.
Mas é “um gesto de amor a esta terra e a este povo” que Francisco desejava visitar desde o surgimento do EI em 2014 no Iraque, e “qualquer gesto de amor é sempre um pouco extremo”.
O Papa deve deixar o Iraque com destino a Roma na hoje de segunda-feira.
“Agora está chegando a hora de voltar a Roma. Mas o Iraque estará sempre comigo, em meu coração”, declarou o Papa em Erbil.
Mas é “um gesto de amor a esta terra e a este povo” que Francisco desejava visitar desde o surgimento do EI em 2014 no Iraque, e “qualquer gesto de amor é sempre um pouco extremo”.
O Papa deve deixar o Iraque com destino a Roma na hoje de segunda-feira.
“Agora está chegando a hora de voltar a Roma. Mas o Iraque estará sempre comigo, em meu coração”, declarou o Papa em Erbil.
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