O prefeito Emanuel Pinheiro foi à Brasília esta semana e ontem (6/02) apresentou ao ministro Sílvio Almeida dos Direitos Humanos e da Cidadania os dados oficiais do expressivo aumento dos óbitos em todos os hospitais da capital durante o período de intervenção do governo do Estado.
Para Pinheiro, todos os números são alarmantes, mas o que aconteceu no Hospital São Benedito ainda é um mistério que ele conta com a ajuda do Ministério para tentar resolver.
“O Hospital São Benedito, na nossa gestão, era um hospital referência em ortopedia, neurologia e em cirurgias de alta complexidade. Por isso implantamos o SOS AVC lá para que as pessoas tivessem mais chances de sobrevivência. Era o que acontecia enquanto estava sob nossa administração”, afirmou Pinheiro.
“Recebi da intervenção do governo do Estado, um hospital desestruturado, sem perfil definido e servidores desmotivados. É inconcebível o que aconteceu ali. Não descansarei enquanto isso não for esclarecido e em audiência com o ministro Sílvio, expus os dados oficiais e alarmantes que recebi da Vigilância Epidemiológica. O ministro se mostrou bastante preocupado e pediu a apuração do caso com urgência, afinal os óbitos cresceram em 90%, isso não poderá passar impune”, reforçou.
Com o relatório em mãos, o prefeito comprovou também que no Hospital Municipal de Cuiabá - HMC, os óbitos subiram de 692 em 2022 para 697 em 2023. No antigo Pronto Socorro, onde eram realizadas apenas cirurgias eletivas - com menos riscos de morte, os números de 2022 são de 274 óbitos e em 2023, sob o comando da intervenção do governo do Estado, esse número chegou a 352. No Hospital São Benedito, os óbitos saltaram de 105 em 2022 para 202 óbitos em 2023.
O ministro Sílvio Almeida encaminhou os dados apresentados pelo prefeito para a equipe técnica do Ministério averiguar os alarmantes números de óbitos na capital.
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