A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá volta a alertar a população sobre o aumento expressivo dos casos de Influenza A e B na capital mato-grossense. Conforme a secretária de Saúde, Dra. Lúcia Helena Barboza Sampaio, a situação já é considerada preocupante devido à baixa cobertura vacinal registrada até o momento.
“Estamos vivenciando uma circulação intensa do vírus Influenza em nossa cidade. Já são 11 mortes confirmadas, inclusive a de uma criança com menos de um ano. É fundamental que as pessoas pertencentes aos grupos prioritários se vacinem o quanto antes. A vacina é eficaz e pode reduzir em até 85% os casos graves. Só conseguiremos conter esse avanço com o apoio da população”, destacou a secretária.
Dados da Vigilância Epidemiológica mostram um aumento de 539,12% nos casos notificados de Influenza A e B entre residentes de Cuiabá em 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Entre 1º de janeiro e 25 de maio deste ano, foram notificados 678 casos entre moradores da capital, totalizando 793 ocorrências, frente a apenas 92 casos no mesmo intervalo do ano anterior.
A faixa etária mais afetada em 2025 é a de 0 a 6 anos, com 343 casos, seguida por pessoas entre 15 e 59 anos (232 casos). Idosos com mais de 60 anos somam 90 casos, e crianças entre 7 e 14 anos, 128 registros.
Até o momento, foram confirmados 11 óbitos por Influenza em 2025 — 10 em pessoas com mais de 60 anos e 1 em uma criança com menos de 1 ano. Em 2024, foram registradas 3 mortes, todas em idosos.
A campanha de vacinação contra a gripe segue em andamento exclusivamente para os grupos prioritários, conforme definido pelo Ministério da Saúde. A imunização está disponível gratuitamente nas 70 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.
Até agora, apenas 21,37% da meta de vacinação do público-alvo foi atingida, o que acende um alerta importante quanto ao risco de agravamento do cenário epidemiológico.
Fazem parte dos grupos prioritários:
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
Gestantes e puérperas
Idosos (60 anos ou mais)
Povos indígenas e comunidades quilombolas
Pessoas em situação de rua
Trabalhadores da saúde
Professores
Profissionais das forças de segurança e salvamento
Caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo e portuários
Trabalhadores dos Correios
Pessoas com deficiência permanente ou com doenças crônicas
População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
Mais de 54 mil doses já foram aplicadas, mas o número ainda está muito abaixo da meta mínima de 50% de cobertura vacinal entre os grupos prioritários — exigência para considerar a ampliação da vacinação ao público em geral.
Visando ampliar o acesso à vacina, a Secretaria tem promovido ações extramuros, levando equipes de vacinação a escolas, creches, empresas, instituições de longa permanência para idosos e outros setores públicos e privados. A vacinação também está sendo realizada em shopping centers da capital aos sábados, durante o mês de junho.
A secretária Lúcia Helena reforçou o apelo: “Enquanto não atingirmos ao menos 50% da meta de vacinação do público prioritário, não será possível ampliar a imunização para o público geral. A vacina é nossa principal aliada para evitar que mais pessoas desenvolvam formas graves da doença e que tragédias, como a morte de crianças e idosos, se repitam.”
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