A Secretaria Municipal de Saúde - SMS, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS, emitiu um alerta sobre o aumento de casos de dengue na região. De acordo com o alerta, a última atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, até a data de 29 de fevereiro de 2024, aponta que o Brasil acumulou um total de 991.017 casos prováveis de dengue, com 207 óbitos confirmados e 674 óbitos ainda em investigação. No estado de Mato Grosso, foram registrados 7.284 casos prováveis, com 3 óbitos confirmados e 4 óbitos em investigação.
Em Cuiabá, conforme o Informe Epidemiológico da Vigilância, até a semana 08/2024 foram notificados 298 casos prováveis de dengue, dos quais 187 foram confirmados, com ocorrência de 01 óbito. Comparando os dados com o mesmo período do ano anterior, observa-se um aumento percentual de 67,4%, indicando uma tendência de crescimento.
“Esse aumento está relacionado com a sazonalidade da doença, devido ao período chuvoso e com a circulação dos sorotipos da dengue na capital. Esta elevação de casos neste momento já era aguardada. Importante ressaltar que, mesmo com o crescimento dos casos, a situação de Cuiabá é muito mais confortável que várias cidades do Brasil, aonde vimos uma explosão de casos antes mesmo do período chuvoso”, comentou a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Alessandra Carvalho.
Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde reforça a importância de adotar estratégias no combate ao mosquito transmissor da dengue. Entre as medidas adotadas, destaca-se a campanha "10 Minutos contra o Aedes Aegypti", que incentiva a população a dedicar um curto período semanal para vistoriar e eliminar possíveis focos do mosquito em suas residências ou locais de trabalho.
A Secretaria está intensificando ações para diminuir a proliferação do mosquito, como bloqueio de controle vetorial a partir da notificação dos casos suspeitos e nos pontos estratégicos (borracharia, sucatão, reciclagem, entre outros). Também realiza o Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa),
com objetivo de conhecer o índice de infestação dos bairros da Capital e melhorar as estratégias, além de manter uma articulação estreita com outras secretarias municipais. No entanto, é fundamental que a população também faça a sua parte, adotando medidas preventivas em seus domicílios e locais de trabalho.
A coordenadora da Zoonoses falou sobre as medidas práticas para evitar a reprodução dos mosquitos. “Para combater o Aedes aegypti e evitar a sua picada, é essencial cobrir caixas d'água, manter garrafas viradas para baixo, limpar calhas, entre outras medidas preventivas. A conscientização e a educação são ferramentas fundamentais na luta contra a dengue, e a população pode e deve contribuir para a prevenção da doença”, concluiu.
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