A revitalização do aspecto visual e logístico do Mercado Municipal Miguel Sutil está prestes a impulsionar a economia do centro histórico de Cuiabá. Essa visão também é abraçada pelos comerciantes, com alguns deles já ansiando por uma revolução no ambiente. Na quinta-feira, dia 17, esse sonho se concretizou com o emocionante lançamento oficial da construção da obra, pelo prefeito Emanuel Pinheiro. O evento contou com a presença do corpo diretivo municipal, representantes do legislativo e membros do Consórcio CS Mobi Cuiabá, que irá executar a obra por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) que aplicará R$ 125 milhões no projeto.
Construído há aproximadamente 60 anos e entregue pela gestão do então prefeito, Vicente Hermínio Vuolo, com a ambição de realizar uma revolução que foi de fato concretizada naquela época, o mercado se tornou o epicentro do comércio para as famílias cuiabanas.
Agora, passado e presente convergem para marcar uma nova era. O projeto contemporâneo, liderado pelo prefeito Emanuel Pinheiro, apresentará uma estrutura ampla e moderna que reflete a importância de Cuiabá.
"Servirá como um impulso ao comércio da cidade, trazendo uma nova atmosfera que resgata as raízes cuiabanas para sua população. Será uma obra monumental, uma transformação de grande magnitude, pois Cuiabá é, de fato, uma cidade grandiosa", declarou o prefeito Emanuel Pinheiro, reforçando a necessidade de que a capital esteja à altura das principais metrópoles.
Para Dona Antônia Mota, comerciante que atua no Mercado Municipal há mais de 20 anos, a expectativa de mudança é acompanhada de confiança na administração municipal. "Uma ótima iniciativa, não é? Haverá novidades para todos, especialmente para nós, comerciantes. Estou aqui há muitos anos e aguardava há bastante tempo por investimentos na estrutura deste local. Sempre acreditei que esse dia chegaria, e de repente, aqui está, glória a Deus por isso", compartilhou a comerciante.
Assim como a maioria dos 18 permissionários que operam no Mercado Municipal Miguel Sutil, Dona Antônia depende do comércio para seu sustento. Embora tenha começado sua empreitada quando seus filhos já eram adultos, ela continua obtendo sua renda diária no mercado e reconhece a importância vital desse espaço para sua estabilidade financeira. "Além de toda a tradição que envolve o Mercado Municipal, a modernização vem para nos auxiliar. Pretendo permanecer aqui mesmo após a conclusão de tudo, vendendo tapioca, cuscuz, misto quente", afirmou.
Terezinha Lucas, moradora do Jardim Passaredo, guarda com carinho as memórias de sua infância frequentando muito o Mercado, e ela nota que a realidade atual da estrutura está distante do que ela vivenciou naquela época. "Sem dúvida, o mercado ficará consideravelmente melhor do que é agora. A aparência atual é bastante desgastada, porém seria bastante positivo se pudessem preservar a história da feira e deste local. É crucial reorganizar o ambiente, proporcionar melhores condições para os frequentadores e aqueles que dependem deste espaço, mas sempre mantendo viva a rica história", argumentou.
O secretário municipal de Obras, José Roberto Stopa, destacou que a futura estrutura do Mercado Municipal Miguel Sutil representará uma metamorfose na área central, adicionando modernidade sem perder as características únicas da cultura cuiabana.
O novo mercado será a obra magnífica final da gestão de Emanuel Pinheiro, englobando 186 espaços comerciais, estacionamento rotativo e mais de 80 totens com termômetros infravermelhos para medição de temperatura. Além disso, abrangerá a revitalização dos arredores, incluindo calçadas e a praça Rachid Jaudy. A obra será concluída em dezembro de 2024, encerrando o período de 8 anos da gestão Emanuel Pinheiro.
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