O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, encerrou os primeiros 100 dias de mandato com uma marca histórica: a economia de R$ 138 milhões em contratos públicos. O valor representa quase 40% a mais que a meta inicial, que previa uma redução de R$ 100 milhões nos gastos da prefeitura no início da gestão. O resultado é fruto de uma força-tarefa que revisou, renegociou, suprimiu ou cancelou centenas de contratos firmados em gestões anteriores. A estimativa para os quatro anos de mandato supera a cifra de R$ 1 bilhão em economicidade aos cofres públicos.
No primeiro trimestre de 2024, sob a gestão anterior, a Prefeitura de Cuiabá gastou R$ 829 milhões. Já nos primeiros três meses de 2025, a atual gestão gastou R$ 691 milhões — uma redução de R$ 138 milhões. Esse montante foi utilizado, sobretudo, para quitar compromissos herdados, como o pagamento de salários atrasados dos servidores. Entre eles, a regularização da folha de dezembro de 2024, no valor de R$ 106 milhões, que incluía férias, prêmio-saúde, insalubridade, direitos, benefícios e salários.
De acordo com Murilo Bianchini, secretário de Assuntos Estratégicos e presidente da Comissão de Renegociação e Revisão de Contratos, a análise foi inédita e o montante anual será ainda melhor. “É um processo que nunca tinha sido feito na prefeitura. Analisamos todos os contratos, um por um, com participação direta dos secretários. E conseguimos chegar a uma economia anual de até R$ 258.208.491,92”, afirmou.
A equipe inicialmente recebeu 700 contratos, mas após convocar todas as pastas, o total chegou a 1.030. Destes, 880 estavam vigentes e foram criteriosamente avaliados. Dos contratos analisados, 386 passaram por algum tipo de intervenção. “Criamos um sistema que o prefeito acessa do próprio celular, onde é possível monitorar em tempo real todos os contratos, seus saldos e prazos. Antes, a prefeitura usava planilhas desatualizadas e descentralizadas”, explicou Bianchini.
As medidas adotadas foram respaldadas juridicamente, com pareceres da Procuradoria Geral do Município (PGM). “Tudo foi feito com muito rigor. Cada decisão teve registro, ato administrativo e parecer jurídico. Criamos um novo modelo de governança que envolve as secretarias de Governo, Economia, Planejamento, Controladoria e a PGM”, disse Bianchini.
Com previsão de manter esse ritmo, a expectativa da gestão é alcançar uma economia de mais de R$ 1 bilhão até o fim do mandato. “Essa economia não é só um número. São recursos que deixam de sair do cofre público e que vão permitir investimentos onde realmente importa”, concluiu o secretário. Além disso, a economia contribuiu para a revogação da taxa do lixo — sem renúncia de receita; para quitar o pagamento dos salários atrasados dos servidores; e por fim permitirá o equilíbrio das contas.
Murilo também reiterou que o prefeito criará o comitê de alta gestão que continuará monitorando todas as aquisições da prefeitura. "O comitê será presidido pelo prefeito e contará com a participação de secretarias estratégicas como Economia, Gestão, Procuradoria e Controladoria do município", concluiu ao explicar que a gestão eficiente e economicidade dos gastos públicos será uma política permanente da Prefeitura.
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