Durante o XIII Fórum de Lisboa, em Portugal, o governador Mauro Mendes afirmou que Mato Grosso tem papel fundamental para a garantia da paz mundial, em razão da larga produção de alimentos.
Mauro palestrou no painel "Agronegócio e segurança alimentar global: desafios para cooperação", nesta quarta-feira (2.7), para uma plateia de juristas, políticos e empresários do Brasil, de Portugal e de outros países da Europa.
"Mato Grosso é o maior produtor do Brasil e faz isso preservando 60% do seu território. Produzir alimentos, garantir esta tranquilidade na segurança alimentar é uma forma de garantir a própria paz do planeta. Quem conhece um pouquinho de história sabe que há milhares de anos, além de uma visão expansionista de alguns impérios, de algumas civilizações, a briga por alimentos sempre movimentou guerras e atrocidades dentro da história da humanidade. Então hoje a paz mundial está diretamente ligada a essa questão", relatou.
De acordo com o governador, o Brasil (e especialmente Mato Grosso) é uma das poucas regiões do planeta que pode dobrar a produção sem comprometer a preservação ambiental, de forma a fazer frente ao aumento da demanda por alimentos.
"Nosso estado está muito bem posicionado. Nós temos que adotar cada vez mais medidas melhorar a logística do estado de Mato Grosso, para melhorar a competitividade e escoar a produção, e é isso que o governo está fazendo. Mato Grosso tem o mais importante e relevante programa de infraestrutura hoje do Brasil, são mil quilômetros de rodovia que estão sendo asfaltados por ano. Nenhum estado brasileiro chega próximo disso", citou.
Porém, segundo Mauro Mendes, é preciso que o Brasil deixe de lado a "hipocrisia" e foque em destravar o desenvolvimento econômico.
O governador citou o caso da mina de Autazes, no Amazonas, que poderia suprir 50% da demanda de fertilizantes de Mato Grosso, mas ficou 15 anos esperando uma licença ambiental.
"Isso não é sério. Nenhum país do mundo trata desta forma uma atividade econômica tão importante como é o agronegócio, tendo a oportunidade de diminuir uma das suas principais vulnerabilidades e demorar 15 anos para fazer um licenciamento ambiental. Não dá para sermos um país de primeiro mundo enquanto o Poder Público, as leis que nós temos, os marcos legais, permitirem que coisas tão importantes sejam tratadas com tamanha irrelevância", completou.
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